Casa de Portugal de São Paulo realiza solenidade com homenagens no 25 de Abril

Por Odair Sene
Mundo Lusíada

 

A Casa de Portugal de São Paulo, contando com a presença do Presidente Com. Antonio dos Ramos (acompanhado de sua esposa D. Selene), também do Cônsul Geral de Portugal em SP; Embaixador António Pedro Rodrigues, e com protocolo do diretor Ricardo Magalhães, realizou no dia 25 de Abril uma solenidade seguida de coquetel (um Porto de Honra) em comemoração ao 50º aniversário da “Revolução dos Cravos, acontecimento que instaurou a democracia em Portugal.

O sentimento presente nesta noite teve objetivo de recordar uma das passagens mais ricas da história política de Portugal, lembrando o “Estado Novo”, um regime autoritário corporativista liderado por António de Oliveira Salazar e Marcello Caetano.
O regime era caracterizado pela repressão política, censura à liberdade de expressão, controle da economia e falta de direitos civis. Por isso a população portuguesa estava cada vez mais insatisfeita com o regime, especialmente após a Guerra Colonial Portuguesa (1961-1974).

Sendo assim, no dia 25 de abril de 1974, os militares tomaram as ruas de Lisboa e outras cidades portuguesas, sem encontrar grande resistência. A população civil apoiou a Revolução e saiu às ruas para celebrar o fim da ditadura. Marcello Caetano foi deposto e preso, e um governo provisório foi formado.

Simbolismo dos cravos

Um dos momentos mais marcantes da Revolução dos Cravos foi quando a população ofereceu cravos vermelhos aos soldados. O gesto simbolizava a paz e a esperança por um futuro melhor para Portugal. É por isso que a Revolução também ficou conhecida como “Revolução dos Cravos”.

E neste 25 de Abril de 2024 a Casa de Portugal realizou a solenidade com este sentimento patriótico e de liberdade, com a musicalidade da fadista Letícia Ferreira que cantou “Grândola Vila Morena” com todo o público de pé e marchando (ponto alto e emocionante do evento). A cantora foi acompanhada pelos músicos: Sérgio Borges e Wallace Oliveira.

A música “Grândola, Vila Morena” tornou-se uma canção política com uma forte identidade, símbolo de protesto contra o governo, logo, desde que foi escolhida pelo Movimento dos Capitães, chamado de Movimento das Forças Armadas, após a revolução, como segundo sinal para colocar os militares revoltosos em marcha.

Nesta ocasião a Casa de Portugal prestou homenagens às seguintes personalidades: José Maria Pereira Rio, Mário de Carvalho, Roberto Vilela, e Vera Lúcia Amaral Ferlini.

Também nesta ocasião foi inaugurada uma exposição coletiva intitulada “Portugal em Abril-homenagem aos 50 anos da Revolução dos Cravos”.

 

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