Da Redação
Com Lusa
O investimento chinês acumulado até dezembro através dos vistos ‘gold’ atingiu 2.060 milhões de euros, o que representa 60% do montante captado desde que o programa entrou em vigor, segundo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Entre 2013 e 2017, o investimento proveniente da China – país que reúne maior número de Autorizações de Residência para a atividade de Investimento (ARI) obtidas -, ascendeu 2.060.879.791,06 euros, num total de 3.588 vistos dourados.
Em termos acumulados – desde que os vistos ‘gold’ começaram a ser atribuídos, de 08 de outubro de 2012 até dezembro último -, o investimento total captado com este programa atingiu os 3.411.265.842,39 euros.
Fazendo as contas, o investimento chinês tem um peso de cerca de 60% do total angariado.
Em 2017, o investimento chinês totalizou 306.397.093,97 euros (538 vistos), o que representa uma quebra de 37% face aos 487.492.024,01 euros (848 vistos) registados no anterior.
De longe, o melhor ano em captação de investimento proveniente da China foi 2014, altura em que o programa de vistos dourados captou 710.996.841,80 euros (1.235 ARI).
Por sua vez, o investimento brasileiro acumulado ascende a 400.252.098,21 euros, com um total de 473 vistos atribuídos entre 2013 e 2017.
O Brasil, que ocupa o segundo lugar no programa de atribuição de vistos ‘gold’, foi responsável por 178.845.779,64 euros (226 ARI) em 2017, mais do que em 2016 (117.795.095,93 euros, correspondente a 142 ARI), sendo considerado o melhor ano de sempre para a captação de investimento brasileiro para Portugal.
No que respeita a África do Sul, o investimento acumulado totaliza 139.635.801,71 euros (218 vistos), sendo que o melhor ano de angariação de investimento desta nacionalidade foi 2017, altura em que o montante atingiu 50.474.222,88 euros (81 vistos).
Face a 2016, o investimento sul-africano em Portugal captado mediante este programa subiu 25,7%.
No ano passado, o investimento através das ARI recuou 3,4%, face a 2016 para 844.088.897,77 euros, tendo sido atribuídos 1.351 vistos ‘gold’.
Do total do investimento captado em 2017, o requisito da aquisição de bens imóveis continua a ser a grande fonte, com 770.640.332,93 euros. Deste montante, 743.699.901,22 euros correspondem à compra de imóveis no valor igual ou superior a 500 mil euros e 26.940.431,71 euros por via da aquisição de bens imóveis para reabilitação urbana, no montante global igual ou superior a 350 mil euros.
O critério de transferência de capitais angariou 73.448.564,84 euros no ano passado.
Em 2017, foram concedidos 1.351 vistos dourados, 70 pela transferência de capitais e dois pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.
Por via do requisito de compra de imóveis, foram atribuídos 1.279 vistos, dos quais 75 para a reabilitação urbana.
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 5.553 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016 e 1.351 em 2017.