Da Redação
Com Lusa
O investimento captado através do programa de vistos ‘gold’ totaliza mais de 5,5 mil milhões de euros em quase oito anos de existência, com a aquisição de bens imóveis a representar quase 90% do montante.
De acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o programa de concessão de Autorização de Residência para Investimento (ARI), lançado em outubro de 2012, registrou até setembro um investimento acumulado de 5.532.470.527,84 euros.
Deste montante, a aquisição de imóveis corresponde a 89% do investimento captado, totalizando ao fim de quase oito anos 4.998.215.303,96 euros.
Dos 4,9 mil milhões de euros captados em compra de imóveis, cerca de 263 milhões de euros corresponde a investimento realizado na compra para reabilitação urbana.
Por sua vez, os vistos atribuídos por via do critério de transferência de capitais totalizaram 534.255.223,88 euros.
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 9.200 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019 e 993 em 2020.
Até setembro, em termos acumulados, foram atribuídos 8.654 vistos ‘gold’ por via de compra de imóveis, dos quais 731 tendo em vista a reabilitação urbana.
Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 529 e mantêm-se 17 por via da criação de postos de trabalho (nos últimos meses não tem sido registado qualquer visto atribuído por esta via).
Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.708), seguida do Brasil (973), Turquia (441), África do Sul (384) e Rússia (353).
Desde o início do programa foram atribuídas 15.792 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 1.169 em 2020.