Mundo Lusíada
Com Lusa
Os distritos de Lisboa e Faro registraram o maior número de investimento estrangeiro imobiliário no 2º trimestre deste ano, informou a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).
O distrito algarvio registrou cerca de 37% das transações do 2º trimestre, com 2.424 compras, das quais 964 por cidadãos de nacionalidade britânica, seguindo-se franceses (504) e chineses (180).
O número de transações no distrito de Lisboa representou aproximadamente 26% do total, ao serem contabilizadas 1.668, com cidadãos chineses a liderarem a lista (772), seguidos de franceses (240) e brasileiros (192).
O gabinete de estudos da associação notou que os distritos de Leiria, Setúbal, Porto, Coimbra e Funchal também apresentaram um “número considerável de investimentos”, enquanto a nível de concelho se destacaram Lisboa, Loulé, Albufeira, Lagos e Cascais.
Nestes meses, indicou a APEMIP, cerca de 6.540 estrangeiros compraram imóveis em Portugal, traduzindo um aumento de quase 90% em relação ao trimestre anterior.
Nas contas do primeiro semestre, mais de 10 mil cidadãos estrangeiros investiram no imobiliário em Portugal, o que representa 21% do total das transações no país.
O presidente da APEMIP, Luís Lima, prevê que o investimento estrangeiro possa representar este ano mais de 1,5 bilhões de euros e refere, citado na nota, que os números atuais “confirmam a importância do regime fiscal para os residentes não habituais e do programa de autorização de residência para investimento (vistos Gold)”.
Para a atribuição do visto gold, o despacho impõe que a atividade de investimento, promovida por um indivíduo ou uma sociedade, seja desenvolvida por um período mínimo de cinco anos em Portugal, prevendo-se várias opções, em que se incluem a transferência de capital num montante igual ou superior a um milhão de euros, a criação de pelo menos dez postos de trabalho ou a compra de imóveis num valor mínimo de 500 mil euros.
Para efeitos de renovação da autorização de residência, exige-se ainda ao investidor, para além do período de investimento mínimo de cinco anos contado a partir da data da concessão da autorização de residência, que comprove ter cumprido o período mínimo de permanência no território português exigido, de sete dias consecutivos ou interpolados no primeiro ano, ou catorze dias consecutivos ou interpolados no período subsequente de dois anos.
Câmara de Lisboa
A Câmara de Lisboa lançou oficialmente em 28 de agosto o portal “Cidade de Oportunidades”, que divulga imóveis municipais que serão leiloados em hasta pública. O portal (cidadedeoportunidades.cm-lisboa.pt) “está orientado para a divulgação e promoção de um conjunto de ações de alienação, arrendamento e valorização do patrimônio municipal”, afirmou António Furtado à Lusa.
O também diretor do Departamento de Política de Solos e Valorização Patrimonial, que gere o patrimônio municipal lisboeta, indicou que o nome da página se deve ao fato da cidade ter conseguido “dar uma imagem de dinamismo, inovação e empreendedorismo” no setor imobiliário e por ter uma “forte apetência no mercado para a reabilitação urbana”.