Visitantes a áreas de risco no Brasil devem tomar vacina da febre amarela

Da Redação
Com Lusa

Nesta quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou a toma da vacina da febre amarela para viajantes estrangeiros que pretendam visitar o Brasil, antes de entrarem nas áreas de risco de contaminação pelo vírus.

Segundo o comunicado difundido pela organização, a vacina deve ser tomada pelo menos 10 dias antes da viagem, por quem pretender visitem os estados brasileiros do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Tocantins, Santa Catarina e São Paulo.

A OMS, na sua página da internet, declara que, de dezembro de 2018 a janeiro de 2019, registraram-se 36 casos de febre amarela confirmados em humanos, que culminaram oito mortes, em 11 municípios brasileiros.

Desses 11 municípios afetados, nove estão localizados no estado de São Paulo e os outros dois pertencem ao Paraná, estado que desde 2015 não tinha casos confirmados de febre amarela, e que faz fronteira com a Argentina e o Paraguai.

A febre amarela é transmitida por mosquitos e tem como sintomas dor de cabeça, febre baixa, fraqueza e vômitos, dores musculares e nas articulações. Na sua fase mais grave, pode causar inflamação no fígado e nos rins, sangramentos corporais, e pode levar à morte, sendo que a vacina é a forma de prevenção mais eficaz.

Ainda de acordo com a OMS, o Brasil pode estar a atravessar a terceira onda de um surto de febre amarela. A primeira aconteceu durante o período sazonal de 2016-2017, com 778 casos humanos, incluindo 262 mortes, e a segunda durante o período sazonal de 2017-2018, com 1.376 casos em humanos, incluindo 483 mortes.

“Embora seja cedo para determinar se este ano terá os altos números de casos em humanos observados nos dois últimos grandes picos sazonais, há indicações de que a transmissão do vírus continua a propagar-se em direção ao sul e em áreas com baixa cobertura vacinal”, diz o comunicado da Organização Mundial de Saúde.

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