Vila Velha de Ródão instala rede de sensores para monitorar água do Tejo

Da Redação
Com Lusa

A Câmara de Vila Velha de Ródão está a instalar uma rede de sensores para monitorização da qualidade da água no rio Tejo, projeto que ficará concluído até ao final de maio.

“O livre acesso aos resultados é o aspeto mais relevante deste projeto. Este trabalho é um contributo muito positivo para a monitorização da qualidade da água do rio Tejo, fruto das preocupações com as questões ambientais que o município detém e que têm sido profusamente debatidas”, refere em comunicado o presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira.

O projeto consiste na instalação de uma rede de sensores para a monitorização remota e contínua da qualidade da água do rio Tejo, localizadas na zona da barragem de Cedilho, perto do cais de Vila Velha de Ródão e junto à barragem do Fratel.

A rede de sensores é constituída por três sondas, cada uma inclui cinco sensores físico-químicos relacionados com a qualidade da água, medindo aspetos como a concentração de oxigênio dissolvido, o nível de pH, a condutividade, o potencial de redução e a temperatura.

“O projeto estará concluído até ao final de maio e será possível acompanhar a evolução dos parâmetros de água do rio Tejo através do sítio da internet da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, onde serão disponibilizados gráficos com os valores medidos a cada dez minutos”, lê-se na nota.

A primeira sonda foi posta em funcionamento na quinta-feira, estando a implementação da rede a cargo de uma empresa tecnológica de Castelo Branco, em colaboração com o laboratório de análises de águas da Escola Superior Agrária (ESA) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB).

Limpeza

Já no dia 19, o ministro do Ambiente afirmou que o Governo já tomou posse administrativa do terreno situado nas Portas de Ródão para ali instalar um estaleiro no âmbito da limpeza de resíduos do rio Tejo.

“A posse administrativa foi tomada e está a ser feito o levantamento topográfico. Na próxima semana vai ser começado a ser montando um estaleiro, o mais confinado possível (…). O terreno tem cinco vezes mais área do que aquela que necessitamos e não ultrapassará de forma alguma um ano”, afirmou João Pedro Matos Fernandes.

O governante, que falava em Vila Velha de Ródão, à margem de uma sessão de apresentação do plano de valorização do Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI), adiantou que mesmo com a secagem dos sedimentos que vão ser retirados do rio Tejo, junto ao cais de Vila Velha de Ródão, que pode demorar três a quatro meses, espera em outubro entregar o terreno aos proprietários.

“Mesmo com a secagem [sedimentos], que pode demorar três a quatro meses, lá para outubro o terreno será novamente entregue aos proprietários. Requisitamos por um ano porque a lei diz que é o período mínimo para ser requisitado”, frisou.

Explicou ainda que o Governo apresentou uma proposta negocial aos proprietários do terreno e que esta acabou por ser recusada devido aos valores financeiros.

“Foi solicitado o dobro para alugar o terreno durante um ano. Não chegámos a acordo e, por isso, avançou-se com a requisição do terreno”, disse.

O ministro sublinhou que o espaço onde vai ser instalado o estaleiro, apesar de se encontrar nas Portas de Ródão, não tem qualquer valor ambiental.

“É um terreno praticamente sem coberto vegetal. Há um parecer do ICNF que identifica quais as espécies que devem ser protegidas, e serão, que determina as horas em que se pode operar para proteger algumas aves e morcegos. O que vamos fazer é retirar aqueles sedimentos [do Tejo] sugando-os a partir do rio, depositando-os numa primeira fase, em sacos com 25 metros de comprimento que vão estar pousados numa tela impermeabilizada e, assim que estiverem secos, vão ser retirados dali”, concluiu.

João Pedro Matos Fernandes adiantou que, daqui a um mês, irão começar com três ou quatro dias de testes, com a retirada de pequenas quantidades de sedimentos, porque aquilo que se vai fazer no rio Tejo, nunca foi feito em Portugal.

Os sedimentos retirados do rio serão posteriormente depositados num aterro de resíduos banais, uma vez que não possuem nem metais perigosos nem pesticidas.

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