Por Ígor Lopes
Líder do PSDB na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e única vereadora portuguesa eleita nas últimas eleições na cidade maravilhosa, Teresa Bergher afirmou que não vê problemas na mudança de endereço do consulado português no Rio. Segundo a vereadora, se o intuito é economizar, a decisão do governo lusitano é acertada.
“O momento é de crise, então, cada um precisa fazer a sua parte. Se estamos apertando o cinto em Portugal, se há medidas para redução de despesas, aqui no Brasil temos a obrigação de colaborar com a nossa nação portuguesa”, afirma Teresa.
Para a vereadora, a melhor localização do consulado é mesmo no Centro da cidade, no entanto, ela acredita que não há problemas em se levar o atendimento consular, e consequentemente o público, para a Zona Sul carioca.
“É claro que o Centro é o lugar de mais fácil acesso da cidade. Mas o Palácio São Clemente também é muito bem localizado e o espaço é maravilhoso”, comenta Teresa, que recorda que essa possibilidade de mudança já era cogitada na gestão do anterior cônsul português no Rio, Antônio de Almeida Lima.
“Acredito que o consulado português continuará prestando um ótimo serviço a todos nós”, finaliza.
“Portugueses no Rio” chama a atenção para proteção do Palácio
José Carlos Brito é administrador, numa rede social, do grupo “Portugueses no Rio”. Segundo ele, que veio para o Brasil ainda criança, essa mudança é “um absurdo”, do ponto de vista arquitetônico, já que “é impossível que transformem (o Palácio) numa repartição pública sem detoná-lo completamente”.
“Bem, eu sou engenheiro e posso te dizer: um absurdo o que irão fazer. Todo o prédio deveria ser preservado. Um atentado ao patrimônio histórico-cultural do Rio e à arquitetura portuguesa. Todos os materiais do Palácio São Clemente vieram de Portugal. A minha opinião você já sabe: é um caso de polícia! Que montem uma tenda na calçada da Rua São Clemente, mas que não adulterem o Palácio”, comenta José Brito.
Em relação aos serviços do consulado, José acredita que “mudar do Centro para a Zona Sul não deve alterar muita coisa”.
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