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Da Redação
Com Lusa
O ministro português da Defesa Nacional sustentou que o sucesso do plano de vacinação contra a covid-19 será determinante para recuperar a economia e para normalizar “a vida em sociedade”, salientando a participação das Forças Armadas.
“O sucesso deste plano de vacinação será determinante para a recuperação da nossa economia e para a normalização da nossa vida em sociedade. É um trabalho de grande complexidade, e o Ministério da Saúde sabe que conta com um parceiro indispensável que são as Forças Armadas”, disse João Gomes Cravinho, perante os deputados na sua última audiência parlamentar do ano pela Comissão de Defesa.
Para o governante, a vacinação, já agendada para janeiro, será “uma operação logística única a nível global”.
“A Defesa Nacional esteve desde a primeira hora envolvida no grupo de trabalho que desenhou o plano de vacinação e continuará empenhada nos processos subsequentes, nomeadamente ao nível do sistema de informação e gestão necessário para a execução da componente operacional do plano logístico”, continuou.
O ministro da Defesa lembrou “a cooperação de longa data entre o sistema de saúde militar e o Serviço Nacional de Saúde, que tem permitido, de forma ágil, disponibilizar camas para doentes covid-19 no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa e no Porto, e no reabilitado Centro de Apoio Militar de Belém (309 doentes, 55 internados atualmente)”.
“Tem permitido também que o núcleo de apoio à decisão, criado no âmbito do Estado-Maior General das Forças Armadas, apoie as autoridades de saúde na gestão de camas ou que as Forças Armadas participem em rastreios epidemiológicos (mais de 21.000 contatos telefônicos à data)”, afirmou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,6 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado.
Covid em Portugal
Portugal contabiliza neste dia 16 mais 82 mortes relacionadas com a covid-19 e 4.720 novos casos de infecção com o novo coronavírus, segundo a Direção Geral da Saúde (DGS).
O boletim epidemiológico da DGS revela que estão internadas 3.181 pessoas, menos 25 do que na terça-feira, das quais 486 em cuidados intensivos, menos 20.
Desde o início da pandemia, Portugal já registrou 5.815 mortes e 358.296 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 68.762, mais 957 em relação a terça-feira.
As autoridades de saúde têm em vigilância 74.290 contatos, menos 282 relativamente a terça-feira.
O boletim revela ainda que 3.681 casos foram dados como recuperados.
Desde o início da epidemia em Portugal, em março, já recuperaram 283.719 pessoas.
Das 82 mortes das últimas 24 horas, 35 ocorreram na região Norte, 30 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 14 no Centro, duas no Alentejo e uma no Algarve.
Segundo o boletim da DGS, a região Norte foi a que registrou o maior número de novas infeções por SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas (2.182), totalizando 187.065 casos e 2.759 mortes desde março.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados 1.375 novos casos, contabilizando-se até agora 115.928 casos de infeção e 2.007 mortes.
Na região Centro registaram-se mais 840 casos, num total de 38 .147, e 808 mortos.
Já no Alentejo, foram assinalados mais 177 casos, totalizando 8.242 infecções e 153 mortos desde que começou a epidemia em Portugal.
A região do Algarve tem hoje notificados 94 novos casos, somando 6.318 infeções e 62 mortos.
A Madeira registou 16 novos casos. Desde março, a região autónoma contabiliza 1.119 infeções e seis mortes.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados 36 novos casos nas últimas 24 horas, somando 1.477 infeções detetadas e 20 mortos.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 161.009 homens e 197.157 mulheres, referem os dados da DGS, segundo os quais há 130 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que estes dados não são fornecidos de forma automática.
Do total de vítimas mortais, 3.037 eram homens e 2.778 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos, seguido das pessoas entre os 70 e os 79 anos.
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.