Universidade do Porto e Brasil, através do Inpe, desenvolvem aplicação computacional

Projeto busca alternativas no Brasil e na União Europeia para o financiamento de visitas técnicas e intercâmbio de estudantes.

 

Da Redação

Parceria entre a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, de Portugal, o Laboratório Associado de Computação e Matemática Aplicada (LAC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) iniciou o desenvolvimento de um framework voltado à área de modelos de objetos adaptativos (AOM, sigla em inglês), denominado Esfinge AOM.

O AOM é um modelo de programação empregado em situações em que há necessidade de modificações constantes em sistemas. Essas alterações são feitas por meio de incorporação de componentes adequados à própria arquitetura do software.

O Esfinge AOM é um framework open-source, ou seja, de código aberto. “Esse framework traz um impacto positivo na flexibilidade provida pelas aplicações, o que reduziria a quantidade de manutenções necessárias para a adaptação a novos requisitos”, informa o pesquisador Eduardo Guerra.

De dezembro a janeiro, Guerra se reuniu com a equipe da Universidade do Porto para elaborar um modelo arquitetural para frameworks que suportam AOMs híbridos; realizar uma análise que demonstre a partir de qual modelo é possível ter componentes que funcionam independentes da composição do modelo da aplicação; entre outras atividades.

A pesquisa desenvolvida poderá ser aplicada a diversos softwares de interesse do Inpe. Um exemplo seria no programa de Clima Espacial, em que muitas vezes as informações vêm de sensores de fabricantes diferentes, que produzem diferentes tipos de dados.

Um outro projeto em que a pesquisa pode ser empregada seria na criação de Observatórios Virtuais, que consomem informações de diversas fontes de dados heterogêneas.

Aplicações

As atividades em Portugal resultaram na elaboração de um modelo arquitetural para frameworks que suportam AOMs híbridos; na evolução do framework de código aberto Esfinge AOM para implementar esse modelo; e na realização uma análise que demonstre que a partir do modelo é possível ter componentes que funcionam independentes da composição do modelo da aplicação.

A pesquisa desenvolvida poderá ser aplicada a diversos softwares de interesse do INPE. Um exemplo seria no programa de Clima Espacial, em que muitas vezes as informações vêm de sensores de fabricantes diferentes, que produzem diferentes tipos de dados. Um outro projeto em que a pesquisa pode ser empregada seria na criação de Observatórios Virtuais, que consomem informações de diversas fontes de dados heterogêneas. Em ambos, a utilização de uma estrutura dinâmica, onde esse dinamismo é necessário, combinada com uma modelagem estática de pontos onde o domínio é bem conhecido, poderá prover a flexibilidade necessária para viabilizar a incorporação de diversas fontes”, explica o pesquisador.

Eduardo Guerra é desenvolvedor de frameworks, pesquisador em design de software, editor-chefe da revista MundoJ, e é autor do livro “Design Patterns com Java: Projeto Orientado a Objetos Guiado por Padrões”, editado pela Casa do Código. Mantém ativa colaboração com pesquisadores da Universidade do Porto, onde esteve com recursos do Programa de Capacitação Institucional (PCI-MCTI), na modalidade BSP (Bolsas de Estágio/Treinamento no Exterior). “O apoio do PCI foi de fundamental importância para o estabelecimento desse projeto de colaboração. Para dar continuidade, já estamos buscando, juntamente com o pesquisador Ademar Aguiar da FEUP, alternativas no Brasil e na União Europeia para o financiamento de visitas técnicas e de intercâmbio de estudantes”, conclui Guerra.

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