Universidade de Coimbra com quebra de 20% de estudantes internacionais

Estudantes da Universidade de Coimbra dentro da icônica biblioteca Joanina. Foto: Emanuele Siracusa

Da Redação
Com Lusa

A Universidade de Coimbra registrou, até agora, uma quebra de quase 20% nos inscritos ao abrigo do estatuto do estudante internacional, que deverá estar associada à pandemia da covid-19, afirmou a instituição.

Em resposta a perguntas da Lusa, a Universidade de Coimbra (UC) afirmou que no total das duas fases de candidatura decorridas ao abrigo do estatuto do estudante internacional houve uma quebra de quase 20%, com 166 inscritos este ano, em comparação com 207 que se tinham candidatado em 2019 nas duas primeiras fases.

“Haverá uma terceira fase de candidatura, com prazo alargado excecionalmente (até 20 de agosto), em função da calendarização do Gaokao (exame nacional do ensino médio chinês), também devido à covid-19”, explicou a UC.

Para esta instituição que tem apostado na captação de estudantes internacionais, “o impacto da covid-19 e da situação econômico-social do Brasil são claros e podem fazer-se sentir ainda na próxima fase de candidaturas”.

Os estudantes brasileiros estão sempre em maioria nas candidaturas à UC ao abrigo deste estatuto, sendo que, habitualmente, é na primeira fase que a universidade regista mais candidaturas, explicou.

Em 2019, registaram-se um total de 254 inscrições efetivas, tendo sido 163 na primeira fase, 44 na segunda e 47 na terceira.

Portugal registra nesta terça 1.342 mortes relacionadas com a covid-19, mais 12 do que na segunda-feira, e 31.007 infectados, mais 219, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

Enquanto o Brasil registrou 1.039 mortos e 16.324 infectados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, informou na terça-feira o executivo, acrescentando que o país totaliza agora 24.512 óbitos e 391.222 casos confirmados.

Na terça-feira, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) previu 88.300 mortes devido à covid-19 no Brasil até 04 de agosto, indicou a diretora daquela agência de saúde, Carissa Etienne.

“No Brasil, prevê-se um aumento exponencial no número de mortes diárias, chegando a um pico de algo como 1.020 mortes diárias para o dia 22 de junho de 2020. Para 04 de agosto de 2020, projeta-se um total de 88.300 mortes”, revelou Carissa Etienne, citando um modelo da entidade para a estimativa de cenários.

A diretora da organização afirmou que “não há dúvidas” de que a América é o novo epicentro da pandemia do novo coronavírus, chamando a atenção para os Estados Unidos da América e para o Brasil, que têm registado os maiores aumentos diários de novos casos da doença.

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