Da Redação
Com Lusa
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) quer reforçar ferramentas para proteger bens comuns como a Amazônia, que são partilhados por todo a humanidade.
“As ferramentas existem, como a Convenção do Patrimônio Mundial ou a rede de zonas de biosfera da UNESCO […] Mas é preciso reforçar essas ferramentas e pressionar os Estados a ratificá-las, alargá-las e aumentar as superfícies protegidas, reforçando também os meios de vigilância”, disse Audrey Azoulay, secretária-geral da UNESCO, em declarações à Agência France-Presse à margem de uma conferência na Colômbia sobre a Amazônia.
Este encontro entre seis países da América do Sul, que acontece na Colômbia, deve lançar nesta sexta-feira um apelo à comunidade internacional para melhor conservar e proteger a Amazônia, após os incêndios que a têm devastado no último mês.
“A noção de bem comum, que são essenciais para a transmissão às gerações futuras, diz respeito ao mundo inteiro e está na origem da Convenção do Patrimônio Mundial nos anos 1970, ilustrando sítios como a Amazônia, mas também a grande barreira de coral, a floresta tropical africana e o patrimônio do mar”, acrescentou Audrey Azoulay.
A Amazônia abrange 12 reservas de biosfera identificadas pela UNESCO, que incluem seis milhões de hectares de floresta, sendo que apenas 1% da superfície total está inscrita como patrimônio mundial.
Em Brasília, a procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, e o advogado-geral da União, André Mendonça, disseram nesta quinta-feira ter chegado a um acordo junto ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que R$ 1 bilhão oriundo da Petrobras seja destinado a ações de preservação do meio ambiente, sobretudo na região da Floresta Amazônica.