Comissário Europeu pede responsabilidade global para fim da pobreza extrema; Durão Barroso diz haver soluções técnicas e tecnológicas para que sejam logrados sucessos numa geração.
Da Redação
Com Rádio ONU
A África terá prioridade na ajuda ao desenvolvimento da União Europeia até 2020 disse, neste 25 de setembro, o comissário do bloco europeu.
Em declarações à Rádio ONU, em Nova Iorque, Durão Barroso falou da necessidade da vontade política a nível global para erradicar a pobreza extrema. O responsável participa numa reunião de alto nível à margem da Assembleia Geral.
“Em termos relativos, África vai ter uma prioridade em relação a outras regiões do mundo que já atingiram o nível de rendimento médio. (Com a crise) as coisas estão difíceis acho que, se formos justos, verificamos que houve progressos na luta pelos Objetivos do Milênio. Há mais crianças, mais rapazes e raparigas que vão à escola, mais água potável, mais água potável, mais partos assistidos e menos mortes de mães ao nascimento. Portanto, houve progressos, mas ainda podemos evitar qualquer sentimento de autossatisfação”, explicou.
Barroso disse crer na possibilidade de erradicar a pobreza global, tal como sucedeu com fenómenos como a escravatura, e fez alusão a soluções técnicas e tecnológicas para que sucessos sejam alcançados numa geração.
“Fiz aqui um grande apelo no sentido de responsabilidade e solidariedade globais. Aliás, citei um provérbio africano que diz que uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas. Acho, pois que há aqui um imperativo moral. Para além disso, é também de interesse econômico promover o crescimento sustentável. Fiz uma ligação muito clara entre a luta contra a pobreza e a luta pela sustentabilidade, nomeadamente, pelas políticas de ambiente e a luta contra as mudanças climáticas, são duas faces da mesma moeda”, disse.
O comissário Europeu apelou para que seja feito “ainda mais para reduzir a pobreza extrema”, durante o pronunciamento feito no evento “Em direção ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.” Segundo destacou, em termos gerais foram mantidos os níveis de compromisso para a ajuda ao desenvolvimento para os próximos sete anos.