Da Redação com Lusa
A União Europeia vai apoiar a reconstrução da Ucrânia com 20 mil milhões de euros e reforçar o apoio militar e as sanções contra Moscovo, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros português, após uma reunião informal em Kiev.
Os chefes da diplomacia dos 27 do bloco europeu reuniram-se hoje num encontro informal e preparado sob sigilo, na capital ucraniana, durante o qual, segundo João Gomes Cravinho, se verificou “um consenso político muito forte em relação à necessidade de apoiar a Ucrânia e durante todo o processo que for necessário para retirar as forças russas do território da Ucrânia para que haja paz”.
Em declarações à RTP no final da reunião, o governante português adiantou que os representantes da diplomacia da União Europeia (UE) falaram de um “apoio financeiro a longo prazo”.
“Estamos a desenvolver aqui um trabalho, um fundo na ordem dos 20 mil milhões de euros, cinco mil milhões de euros por ano ao longo de quatro anos, para apoiar a reconstrução da Ucrânia”, adiantou Gomes Cravinho.
Encontro inédito
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) reúnem-se hoje na capital ucraniana num encontro inédito por se realizar num país em guerra e que não faz parte do bloco comunitário.
“Convoco hoje em Kiev os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, a primeira reunião dos 27 Estados membros a realizar-se fora da União Europeia”, escreveu o representante da política externa da UE, Josep Borrell numa mensagem publicada no twitter.
Um embaixador europeu, não identificado, disse à agência de notícias espanhola EFE que a realização do encontro em Kiev é uma demonstração de apoio à Ucrânia e ao processo de reformas com vista à adesão à União Europeia.
A reunião procura reforçar o apoio da Europa à Ucrânia num momento de divergências manifestadas por alguns Estados membros do bloco europeu devido à exportação de cereais ucranianos, especialmente a Polônia.
MNE @JoaoCravinho participa nos trabalhos do Conselho de Negócios Estrangeiros informal em Kyiv, uma forma de demonstrar todo o apoio da UE à #Ucrânia, país em guerra desde a invasão da Rússia em fevereiro do ano passado. https://t.co/CRFHpu8o9O pic.twitter.com/957d1KAxeI
— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) October 2, 2023
