Ucrânia: Comissão Europeia vai ajudar com 11 bilhões de euros

Da Redação
Com agencias

durao-barrosoO presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, anunciou em 5 de março em Bruxelas um pacote de ajuda financeira à Ucrânia, de 11 bilhões de euros. O pacote, segundo Durão Barroso, combina verbas do Orçamento da União Europeia, do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento (Berd).

Do orçamento da União Europeia vão sair 3 bilhões de euros nos próximos anos, 1,6 bilhão de ajuda financeira (empréstimos) e 1,56 bilhão de ajuda ao desenvolvimento (subvenções). Durão Barroso destacou que a ajuda macroeconômica poderá ser enviada já nas próximas semanas. Por outro lado, o BEI vai financiar a Ucrânia com uma verba que pode chegar a 3 bilhões de euros, e o Berd, com 5 bilhões.

O pacote, de curto e médio prazo, será discutido dia 6 pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia, que se reúnem em um Conselho Europeu extraordinário, convocado para debater a Ucrânia.

Em entrevista, Durão Barroso salientou que “cabe ao povo ucraniano decidir o seu futuro” e apelou à resolução, por meio do diálogo, da situação na Crimeia. Ele disse acreditar que “ninguém se oporá ao envio de observadores internacionais” para a república autônoma.

A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após a queda do ex-presidente Viktor Ianukóvitch, por causa da Crimeia, península do Sul do país onde se fala russo e está localizada na fronteira da Rússia com o Mar Negro.

Brasil lamenta mortes

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota lamentando as mortes ocorridas desde fevereiro na capital da Ucrânia, Kiev, devido aos confrontos entre forças de segurança do governo e manifestantes. Pelo menos 26 pessoas morreram.

“O governo brasileiro conclama todas as partes envolvidas a dialogar. A crise política na Ucrânia deve ser equacionada pelos próprios ucranianos, de forma pacífica e com base no respeito às instituições e aos direitos humanos”, diz a nota.

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ONU), Navi Pillay, expressou preocupação em relação à crise ucraniana e pediu que as partes se controlem ao máximo para evitar a escalada de violência. O papa Francisco pediu que as partes cessem a violência. Os Estados Unidos, por meio do secretário de Estado, John Kerry, avaliaram que a violência é inaceitável e que a questão não será solucionada com “derramamento de sangue”. A Rússia condenou os protestos e acredita que a oposição quer conduzir um golpe de Estado.

A crise política na Ucrânia começou no final de novembro, quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do presidente Viktor Yanukóvich de suspender os preparativos para assinar um acordo de associação com a União Europeia e reforçar os laços com a Rússia.

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