Da Redação
Com Lusa
O número de portugueses que planeja férias fora de casa nas festividades deste ano diminuiu seis pontos percentuais em relação a 2016, mas a intenção é gastar mais no Natal e fim-de-ano, segundo o IPDT.
Numa avaliação das intenções de férias, com base em 411 respostas a um inquérito online, o Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) concluiu que 37% dos inquiridos pretende fazer férias fora de casa no próximo Natal/Fim de Ano contra os 43% que manifestou a mesma intenção em 2016.
Segundo os dados divulgados, a maioria passa o tempo livre em território nacional (57%) e 34% dos portugueses diz ir para o estrangeiro, ou seja mais 13 pontos percentuais que em 2016. Na lista de destinos preferidos estão “destinos europeus de proximidade, nomeadamente a Espanha”.
“Dos inquiridos que vão gozar férias em destinos nacionais, fora da sua residência, as preferências vão para o Porto e Norte de Portugal e para o Centro (64%)”, lê-se no estudo, que mostra que a principal motivação na escolha do destino é a “visita a familiares e amigos (40%)”.
A duração da estada deve rondar as 3,8 noites contra as 3,49 noites do ano passado.
Cada turista nacional deverá gastar, em média, 270 euros, a que corresponde um gasto por noite e turista de 70 euros, face aos 209 euros e 58 euros de 2016.
A tendência é passar férias num grupo de duas ou três pessoas.
Uma “maior propensão para viajar para fora este ano provoca um aumento nos gastos e na estada média”, lê-se no documento elaborado através de um questionário e em parceria com o operador turístico Soltrópico.
O IPDT foi criado em 2003 em Portugal, inspirado no projeto WHATT (World Hospitality and Tourism Trends) do Reino Unido.
Turismo de Lisboa “confiante”
O diretor do Turismo de Lisboa, Vítor Costa, disse estar muito “confiante” em relação às receitas e à ocupação turística durante o Natal e passagem de ano. “Lisboa continua a crescer em número de turistas e receitas e é com grande satisfação que podemos dizer que estamos prestes a fechar o ano com mais um recorde turístico. Tal como a Associação Turismo de Lisboa, também os hoteleiros estão confiantes com as perspetivas para o Natal e passagem de ano, pois Lisboa continua a consolidar-se como destino turístico de eleição em mercados europeus e intercontinentais”, afirmou à agência Lusa.
Embora ainda sem número sobre a taxa de ocupação no mês de dezembro, “tudo indica que, à semelhança do resto do ano, vai registar-se uma subida significativa nos indicadores turísticos, em comparação com o período homólogo”, revelou Vítor Costa.
“Os dados disponíveis sobre o acumulado do ano evidenciam uma tendência muito positiva, na medida em que, relativamente ao ano anterior, o crescimento de cerca de 10% do número de hóspedes foi acompanhado por um crescimento de 20% da rentabilidade da hotelaria, o que demonstra que estamos a crescer em valor”, acrescentou.
Com um lugar cada vez mais consolidado como destino turístico de eleição na Europa, a maioria das nacionalidades dos turistas são francesa, espanhola e alemã, sendo que os mercados que têm crescido mais são os do Brasil (46,6%), Rússia (36,3%), EUA (31,1%) e Reino Unido (15,1%).
Numa altura em que muitos criticam o excesso de turistas na capital, o diretor do Turismo de Lisboa considera que o crescimento do turismo tem sido “muito importante em termos econômicos, tem gerado emprego e tem dinamizado a reabilitação de Lisboa”.
“Consideramos que Lisboa tem uma relação de sucesso com o Turismo, que é reconhecida pela população. Mais de 90% da população que reside e trabalha em Lisboa tem uma opinião positiva ou muito positiva sobre os turistas e a contribuição do Turismo para a capital portuguesa, de acordo com os dados do estudo da Intercampus realizado para a Associação Turismo de Lisboa, no início deste ano”, adiantou.
Vítor Costa sublinhou ainda que, na vertente econômica, o Turismo na região de Lisboa gerou 8,4 mil milhões de euros em 2015 e 150 mil empregos.