Da Redação
Com Lusa
A TAP decidiu reduzir a capacidade em março e abril devido ao “forte abrandamento” nas reservas, em pleno surto de Covid-19, num total de mil voos, indicou a companhia aérea em comunicado.
“O volume de reservas para março e abril mostra, desde as últimas duas semanas, quebras significativas relativamente ao ano passado”, lê-se na nota desta quinta-feira.
“Este forte abrandamento da procura faz com que a TAP tenha procedido ao cancelamento imediato de voos com menor procura, reduzindo a capacidade em 4% em março e 6% em abril, o que representa um total de cerca de 1.000 voos”, explicou a transportadora.
A comissão executiva da TAP vai implementar medidas para reduzir e controlar custos, incluindo a suspensão ou adiamento de investimentos e de contratações e a “implementação de programas de licenças sem vencimento temporárias”, segundo uma nota enviada aos trabalhadores.
“Vamos implementar um conjunto de iniciativas que visam controlar e reduzir custos como suspensão ou adiamento de investimentos não críticos, corte de despesas acessórias, renegociação de contratos e prazos de pagamento, antecipação de crédito junto de fornecedores, suspensão de contratações de novos trabalhadores, bem como a implementação de programas de licença sem vencimento temporárias”, diz a nota.
A comissão executiva liderada por Antonoaldo Neves justifica as medidas com o impacto que o surto de Covid-19 está a ter na empresa.
Europa
O grupo Lufthansa também anunciou a suspensão de todos os voos para Israel a partir de domingo, após a decisão israelita de proibir o acesso ao território de cidadãos de vários países europeus para travar o coronavírus.
A Lufthansa e as suas subsidiárias Swiss e Austrian Airlines vão aplicar esta medida de suspensão até 28 de março. As restrições anunciadas pelas autoridades israelitas incluem “viajantes da Alemanha, Suíça e Áustria a partir de 06 de março [sexta-feira], causando uma queda significativa na procura de voos para Israel”, afirmou a empresa.
“Alguns voos para Telavive na sexta-feira e no sábado foram igualmente cancelados”, estando os membros da tripulação também afetados pelas restrições, indicou o grupo.
Em conjunto, as companhias Lufthansa, Swiss e Austrian Airlines operam 10 voos por dia para Telavive, com a Lufthansa a assegurar ainda um voo semanal para Eilat.
O grupo aéreo alemão já anunciou na quarta-feira que iria imobilizar “a partir desta semana” 150 aparelhos devido a uma baixa no movimento associada ao surto de Covid-19.
A companhia aérea alemã vai cancelar 7.100 voos até ao final de março por causa de quebras na procura relacionadas com o surto.
A low costa europeia EasyJet também cancelou alguns voos de e para Itália por causa do coronavírus, que provocaram uma redução na procura e na taxa de ocupação dos voos. Por enquanto, a EasyJet diz que os voos da companhia entre Portugal e Itália não estão afetados.