Macau com recorde de 32,6 milhões de visitantes em 2017

Participantes nas festividades das boas vindas ao novo Ano do Dragão nas ruas de Macau, que celebrou em 23 de janeiro o primeiro dia do calendário lunar chinês, Macau, China. Foto: CARMO CORREIA / LUSA

Da Redação
Com Lusa

Macau bateu um novo recorde ao receber mais de 32,6 milhões de visitantes em 2017, revelam dados preliminares divulgados pela Direção dos Serviços de Turismo (DST) que antecipa, para este ano, um crescimento de 1 a 3%.

A marca de 32,6 milhões de visitantes traduz um aumento de 5,4% comparativamente a 2016, segundo os dados preliminares facultados pela diretora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, na conferência de imprensa anual da DST.

Um novo patamar foi também alcançado no plano dos visitantes internacionais: foram 3,1 milhões, ou seja, mais 6,2% do que em 2016. No topo da lista surge a Coreia do Sul, de onde chegaram mais de 870 mil visitantes, um valor que reflete um aumento anual de quase um terço.

O maior mercado continua a ser, sem surpresas, a China, donde chegaram mais de 20 milhões (61,3% do total), traduzindo uma subida de 8,5%. Segue-se a vizinha Hong Kong e Taiwan, apesar da quebra de 4% e de 1,3%, respetivamente, do número de visitantes no ano passado.

O turismo de Macau bateu ainda um duplo recorde – tanto na proporção como no número – dos visitantes que pernoitam, cujo universo cresceu quase 10%, representando mais de metade (52,9%) daqueles que escolheram o antigo enclave português como destino em 2017.

Em alta esteve também o número de hóspedes: os 37.901 quartos, distribuídos por 116 unidades hoteleiras, acolheram mais de 13 milhões, ou seja, mais 8% do no ano anterior, sendo que a oferta apenas incluía 49 unidades de alojamento econômico (1.736 quartos).

No ano passado, o preço médio por quarto dos hotéis de três a cinco estrelas foi de 160,3 dólares norte-americanos, menos 0,2%. A taxa média de ocupação hoteleira foi superior a 88%, uma subida de mais de cinco pontos percentuais em comparação com o ano anterior.

Os dados preliminares foram divulgados a par com uma retrospetiva de 2017, com os Serviços de Turismo a darem conta, por exemplo, de mais de 2.100 inspeções a atividades e estabelecimentos turísticos, mais de 1.600 a postos fronteiriços e pontos de interesse turístico e a 128 excursões.

No plano do combate à prestação ilegal de alojamento foram inspecionadas mais de 1.386 frações, das quais 270 seladas, com o Grupo de Trabalho Interdepartamental, do qual faz parte a DST, a contabilizar 490 ações conjuntas, indicou Helena de Senna Fernandes.

“Em 2017, apesar das incertezas no quadro político global e de Macau ter sido atingida pelo tufão Hato -o mais forte de que há registo histórico -, com a recuperação gradual da economia e perante esforços conjuntos envidados pela indústria turística, em termos gerais, a indústria do turismo apresentou resultados satisfatórios”, observou.

Depois de 2017 ter ficado marcado nomeadamente pelos preparativos para a candidatura a membro da Rede de Cidades Criativas da UNESCO na área de Gastronomia – que foi aceite -, a DST pretende focar-se na concretização das estratégias constantes do Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau.

O caderno de encargos para 2018 encontra-se dividido em quatro frentes, estando a cooperação regional em destaque.

Sob o chapéu do objetivo de participar da iniciativa de Pequim “Uma Faixa, Uma Rota”, a DST espera alargar o “espaço de cooperação” com a China e os países que integram o ambicioso projeto, “explorar em conjunto itinerários internacionais e produtos turísticos característicos e promover itinerários multidestinos”.

Neste âmbito, também vai manter o apoio a estágios na área do turismo para países de língua portuguesa, os quais vão ser alargados, este ano, a São Tomé e Príncipe, revelou Helena de Senna Fernandes. Tal acontece pouco mais de um ano depois do país africano ter estabelecido laços diplomáticos com a China na sequência do corte das relações com Taiwan.

A segunda grande área de trabalho da DST passa pelo desenvolvimento das “vantagens únicas de Macau” no quadro da estratégia da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, que aspira tornar-se uma região metropolitana de nível mundial.

“Implementar o conceito do turismo integrado para otimizar e elevar o ambiente do turismo” e “promover produtos de cultura, desporto e gastronomia”, além de “criar uma marca de turismo marítimo” são outras metas para 2018.

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