Da Redação
Com Lusa
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, Pedro Machado, disse neste 07 de abril pretender criar uma oferta integrada de turismo militar na região Centro de Portugal, aproveitando patrimônio e até infraestruturas militarizadas para fruição dos turistas.
“O turismo militar é um produto que pretendemos que venha a trazer turistas à região Centro. Trata-se de uma novidade, um produto que pretendemos estruturar até o conseguirmos vender como se fosse ‘chave na mão’, colocando-o em balcões de turismo e em unidades hoteleiras”, explicou.
Durante a reunião ordinária da assembleia geral da Turismo do Centro de Portugal, que decorreu pela manhã em S. Pedro do Sul, Pedro Machado apresentou aos associados dois dos produtos turísticos que pretende ver estruturados nos próximos anos, com o intuito de trazer mais visitantes a este território.
Sobre o produto turismo militar, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro informou que numa primeira fase terá lugar o levantamento e mapeamento dos recursos disponíveis para poderem ser fruídos nesta área.
“Prevê-se um aproveitamento cabal daquilo que são hoje as infraestruturas, algumas delas militarizadas. Por isso, celebramos um protocolo homologado pela Secretaria de Estado da Defesa com o Exército Português, no sentido de que os espaços que estão hoje confinados à administração militar possam vir a ser fruídos por turistas. Temos espaços museológicos, armamento desativado e outras estruturas que serviram para treino militar que pretendemos que possam vir a ser fruídos de alguma forma”, sustentou.
No seu entender, a região Centro tem um variado leque de valências e patrimônio que deverão ser vistos como uma oportunidade, onde se destacam as antigas fortalezas, os castelos ou até as rotas.
“Esta aposta no turismo militar, que começa na Fortaleza de Almeida e pode ir até Lisboa, deve ajudar a criar novos fluxos turísticos, sobretudo virados para esta região do interior”, evidenciou.
Sobre o produto turismo de natureza, Pedro Machado sublinhou que se trata de um produto prioritário para a região Centro, que pretende que seja “mais do que paisagem, mais do que a junção de paisagem com gastronomia”.
“No fundo, queremos estruturar bem esta oferta que a região Centro tem e que, do nosso ponto de vista, é uma das mais maduras do país. Lembro que a marca turística Serra da Estrela faz no dia 02 de maio 58 anos”, concluiu.
Turistas
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro disse ter como ambição ultrapassar a barreira dos 4,5 milhões de turistas na região Centro ao longo deste ano.
“Durante o ano em curso temos como expectativa aumentar o número de turistas e de dormidas na região Centro. Pretendemos passar a barreira dos 4,5 milhões de turistas, o que é um objetivo muito ambicioso”, explicou Pedro Machado.
De acordo com o presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, durante o ano de 2014 “aumentou exponencialmente o número de turistas e de dormidas na região Centro”. “Os resultados estão à vista: passamos os 4,2 milhões de dormidas, o que é por si só um indicador muito forte”, acrescentou.
Machado referiu que a entidade a que preside tem ainda uma outra grande meta até final de 2018. “Se conseguirmos no espaço de quatro anos que temos do nosso mandato, que termina em final de 2018, chegar aos cinco milhões de turistas, isso seria um grande desafio”, evidenciou. Para cumprir este objetivo, a aposta vai recair na “estruturação de dois produtos” – o turismo de natureza e o turismo militar.
O Turismo Centro de Portugal tem sede em Aveiro, e considera 7 delegações designadas: CASTELO BRANCO; COIMBRA; LEIRIA/FÁTIMA/TOMAR; OESTE; RIA DE AVEIRO; SERRA DA ESTRELA e VISEU/DÃO-LAFÕES.