Mundo Lusíada
Com agencias
Timor-Leste celebra sábado o 15º aniversário da consulta popular que restituiu a independência à meia ilha ocupada desde 1975 pela Indonésia, mas o referendo foi apenas uma batalha ganha numa guerra que continua pelo desenvolvimento do país.
Depois de 24 anos de ocupação indonésia, a ONU propôs em maio de 1999, a criação de uma missão para Timor-Leste para organizar uma consulta popular.
Era a primeira vitória da resistência timorense, depois de mais de 20 anos a lutar pela restauração da independência do país, proclamada unilateralmente a 28 de novembro de 1975, após a saída de Portugal.
Estabelecida em junho de 1999 pelo Conselho de Segurança, a Missão da ONU para Timor-Leste chegou finalmente ao país e inicia o processo de recenseamento, enquanto consegue que as forças favoráveis à independência e os partidos integracionistas assinem um “Código de Conduta para os Participantes na Consulta Popular”.
Educação
Em entrevista à Rádio ONU, de Washignton, a diretora-sénior do Banco, Claudia Costin, saudou a parceria do Banco Mundial com o Timor-Leste, onde o órgão ajudou a reconstruir e reabilitar mais de 2 mil salas de aula.
“Timor-Leste tem desafios tremendos com o acesso à educação, não só ter salas de aula, mas também material de aprendizagem. Com esta iniciativa a taxa de conclusão da escola primária no Timor-Leste aumentou de 73% em 2009 para 83% em 2012.”
Claudia Costin referiu que Portugal e Brasil tem ajudado com a doação de livros escolares para o Timor-Leste.
Desnutrição
Na saúde, um projeto para combater a desnutrição no Timor-Leste acaba de receber o apoio do Banco Mundial, dos Estados Unidos e do Japão.
A iniciativa dos doadores com o governo timorense foi firmada numa cerimônia em Díli, capital do país. O programa custou US$ 2,8 milhões. Compareceram ao evento representantes dos Ministérios da Saúde, da Agricultura e Pescas, assim como integrantes do governo japonês.
O projeto de melhorias da nutrição dirigido pela comunidade é um piloto de quatro anos que irá melhorar práticas de alimentação para crianças com menos de dois anos, além de mulheres grávidas e que estão amamentando.
O programa está sendo testado nos distritos de Baucau e Viqueque, que têm os mais baixos indicadores sócio-econômicos.
A representante do Banco Mundial no Timor-Leste, Bolormaa Amgaabazar disse esperar que a iniciativa ajude a vacinar crianças e reduzir as taxas de mortalidade materno-infantil.
A parceria do governo timorense com o Banco Mundial e outros doadores deverá beneficiar 4470 crianças com menos de dois anos, e mais de 5,5 mil mães.