Da Redação com Lusa
Cerca de 4.600 pessoas vão participar na terceira fase do Inquérito Serológico Nacional (ISN) para determinar a imunidade da população portuguesa após a vacinação contra a contra a covid-19, anunciou o INSA.
Em comunicado, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) adiantou que o trabalho de campo desta terceira fase já está a decorrer, dando continuidade ao projeto iniciado em maio de 2020, ainda na fase inicial da pandemia da covid-19.
O ISN permite conhecer a distribuição dos anticorpos específicos contra o vírus SARS-CoV-2 na população residente em Portugal, por grupos etários e por regiões, informação que serve para monitorizar a “taxa de ataque desta infeção” e a imunidade da população após a implementação do plano de vacinação contra a covid-19, adiantou o instituto.
De acordo com o INSA, o trabalho de campo da terceira fase, que deverá decorrer até final de outubro, envolve cerca 350 pontos de colheita e prevê o recrutamento de cerca de 4.600 pessoas com idade superior a 12 meses que recorram a um hospital ou laboratório participante no estudo para realização de análises clínicas.
A um pequeno número de participantes será feito também o estudo serológico da gripe, com o objetivo de monitorizar a evolução da imunidade da população contra este vírus antes do início do próximo inverno.
Os primeiros resultados da terceira fase do ISN deverão ser conhecidos no início de dezembro, estima o INSA.
O INSA adiantou que a informação e as amostras recolhidas são codificadas no momento da recolha para que os dados partilhados e divulgados não permitam a identificação do participante.
A participação no inquérito, que resulta de uma parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e 33 hospitais públicos de todas as regiões, “não tem qualquer custo para os participantes, que poderão ter acesso aos seus resultados individuais, caso assim o entendam”, refere o instituto.
Os resultados da segunda fase do ISN, divulgados no final de abril quando cerca de 22% da população tinha recebido a primeira dose, indicaram uma prevalência de anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2 na população de 15,5 %, sendo 13,5% conferida por infeção.
As regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Alentejo foram aquelas onde se observou uma maior seroprevalência, que, em termos de idade, era mais elevada na população adulta em idade ativa e mais baixa no grupo entre os 70 e os 79 anos.
Números
Neste dia 07, Portugal registra mais 731 casos confirmados de infecção com o coronavírus e 11 mortes associadas à covid-19, assim como um aumento no número de internamentos em enfermaria, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o boletim epidemiológico da DGS divulgado hoje, estão internadas 353 pessoas, mais quatro do que na quarta-feira, das quais 57 em cuidados intensivos, menos três nas últimas 24 horas.
Entre as 11 pessoas que morreram, 10 tinham mais de 80 anos e a outra vítima pertencia à faixa etária 60-69 anos.
As mortes ocorreram na região Norte (3), na região Centro (3), em Lisboa e Vale do Tejo (2), no Alentejo (1), no Algarve (1) e na Madeira (1).
Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram em Portugal 18.019 pessoas e foram registrados 1.073.268 casos de infecção.