Da Redação com Lusa
Neste dia 29, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) desconvocou a greve marcada na TAP, para o período entre 07 e 10 de abril, depois de o acordo que negociaram ter sido validado pelo Governo.
A direção do SPAC informou, num comunicado, que, “ao contrário do veiculado desde segunda-feira, apenas hoje foi notificada pela Comissão Executiva da TAP que o protocolo para revisão das condições impostas pelo Acordo Temporário de Emergência está validado por parte do acionista, representado pelo Ministério das Finanças e Ministério das Infraestruturas”.
“Como o SPAC anunciou desde o primeiro instante e uma vez cumprida esta formalidade por parte do Governo, será levantado o pré-aviso de greve dos pilotos da TAP Air Portugal, anunciado no passado dia 23 de março”, referiu.
Os pilotos aprovaram uma greve na Páscoa, entre 07 e 10 de abril, para pressionar o Governo a ratificar o acordo assinado com a TAP, que repõe condições laborais retiradas anteriormente.
Entre temas incluídos no protocolo negociado entre o SPAC e a TAP estão o acordo sobre a integração de pilotos despedidos face à necessidade de contratação e retenção de talento, o pagamento aos oficiais pilotos com funções de comando em cruzeiro e do dia de serviço de assistência no aeroporto e dos simuladores.
Saída da CEO
Já o ministro das Infraestruturas, João Galamba, apontou o início do mês de abril para a saída da presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, altura em que o novo titular do cargo assumirá funções na companhia aérea.
“Essas questões têm prazos legais e procedimentos legais que têm de ser cumpridos. Terminou ontem [terça-feira] o prazo de pronuncia da ainda CEO [presidente executiva] da TAP e, como já foi dito, findo este processo, entrará o novo CEO, que deverá ser no início de abril, primeira semana de abril”, especificou.
O governante, que falava hoje aos jornalistas à margem de uma visita ao Terminal XXI, no Porto de Sines, no distrito de Setúbal, em conjunto com o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, disse que a intenção é que o futuro presidente executivo da TAP assuma funções assim que Christine Ourmières-Widener sair da presidência da transportadora aérea.
Segundo a edição de hoje do jornal Correio da Manhã, a TAP terá de pagar a Christine Ourmières-Widener 18 mil euros por mês, nos primeiros quatro meses após o termo do mandato, se quiser que a gestora francesa não vá trabalhar para uma companhia aérea concorrente.