Da Redação com Lusa
Pelo menos 190 pessoas morreram na sequência das inundações e enxurradas que afetaram durante a semana a Alemanha e a Bélgica, indicaram novos balanços oficiais no domingo, com as autoridades belgas a anunciarem o fim das operações de salvamento.
No dia em que recebeu a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, a região da Renânia-Palatinado (sudoeste da Alemanha), uma das mais afetadas pelas inundações, confirmou a morte de 112 pessoas, num total nacional de 159 vítimas mortais.
Durante a visita, a líder alemã, que classificou a devastação visível na zona como “surreal”, prometeu que “o Governo federal e as regiões vão agir em conjunto para restabelecer gradualmente a ordem” nas áreas afetadas.
As autoridades belgas também atualizaram o número de vítimas mortais registadas no país, que são agora 31.
O anterior balanço dava conta de 27 mortos no território belga.
O centro belga de crise informou ainda que “163 cidadãos estão dados como desaparecidos”, um aumento em relação aos 103 desaparecidos contabilizados no sábado.
“O perigo já não é iminente nas áreas afetadas. As operações de salvamento terminaram, mas as operações de busca ainda estão em curso em várias áreas”, informou o centro belga de crise.
“O importante trabalho de limpeza e a estimativa dos danos materiais estão agora no centro das preocupações”, disse a mesma fonte.
In Germany, more than 180 people are now known to have died, and authorities are warning that number will likely grow, with hundreds more still missing.
Back from her visit to the U.S., Chancellor Angela Merkel headed straight to the disaster zone to inspect the damage. pic.twitter.com/ZHgbc6oRuW
— CGTN Europe (@CGTNEurope) July 19, 2021
As autoridades belgas estão a incentivar as pessoas que ainda não conseguiram estabelecer contacto com os seus familiares a informarem a polícia o mais rápido possível.
“Se não teve notícias de um familiar, apelamos que entre em contacto com as unidades locais da polícia que estão a reunir as informações sobre as pessoas desaparecidas”, indicaram as autoridades.
Apesar do nível das águas ter vindo a diminuir nos últimos dias após as inundações, ainda existem áreas em alerta no território belga, como é o caso de Valónia, região francófona no sul da Bélgica.
Nesta região fica a cidade de Pepinster, onde cerca de mil pessoas tiveram de deixar as respetivas casas.
Em Valónia, o nível das águas do rio Mehaigne e dos seus afluentes nas províncias de Liège e de Namur continuam a preocupar as autoridades, que permanecem em estado de alerta.
Cerca de 37 mil casas permanecem sem eletricidade nas províncias de Liège e de Brabante Valão.
Também existem relatos de estradas e de casas que ainda estão submersas em algumas zonas do país.
Além da Bélgica e da Alemanha, as fortes chuvas e as consequentes cheias causaram graves danos materiais nos Países Baixos, no Luxemburgo e na Suíça.