Da redação
Com Lusa
O Presidente português admitiu neste dia 28 que “a fotografia” da evolução da pandemia de covid-19 no país “é favorável”, mas admitiu preocupação com situação na região de Lisboa, onde tem crescido o número de infectados.
A “fotografia” da situação do país “é favorável”, “não há uma situação de descontrolo” em Lisboa e Vale do Tejo, mas sim de “atenção e preocupação”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no final de mais um encontro, o sétimo desde o início do surto, em março, com especialistas sobre a “situação epidemiológica da covid-19 em Portugal”.
Esta é a sétima reunião deste gênero, com especialistas, Presidente, Governo, líderes partidários e parceiros sociais, e na qual foram apresentados e analisados os dados relativos às primeiras duas fases de desconfinamento, um dia antes do Conselho de Ministros se reunir para decidir sobre a terceira fase de reabertura, prevista para dia 01 de junho.
“O que se passa hoje na região de Lisboa e Vale do Tejo deve ser ponderado e vai ser ponderado nas decisões do Governo nos próximos dias e próximas semanas, nomeadamente as que têm a ver com 01 de junho e depois, certamente”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta a questões dos jornalistas.
Segundo chefe de Estado, essa ponderação será feita “não com a ideia de haver aqui um sinal que conduza a uma inflexão de linha definida, mas naturalmente um ajustamento permanente, um ajustamento que é a razão de ser também destas sessões”.
Antes, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que na região de Lisboa e Vale do Tejo o R, indicador de transmissão da doença, “está ligeiramente acima de 1, é de 1,01, sendo a média nacional inferior a 1” e que na reunião de hoje se considerou que esta situação merece “atenção e preocupação”.
O Presidente da República adiantou que este surgimento de novos casos de covid-19 “parece, segundo os especialistas, estar ligado a condições socioeconômicas, de vida em certas áreas da região de Lisboa e Vale do Tejo”.
Portugal registra nesta quinta-feira 1.369 mortes relacionadas com a covid-19, mais 13 do que na quarta-feira, e 31.596 infetados, mais 304, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.
Em comparação com os dados de quarta-feira, em que se registravam 1.356 mortos, houve um aumento de óbitos de 1%.
Relativamente ao número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus (31.596), os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que há mais 304 casos do que na quarta-feira (31.292), representando uma subida de 1%.
A região Norte é a que registra o maior número de mortos (761), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (340), do Centro (237), do Algarve (15), dos Açores (15) e do Alentejo, que regista um óbito, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de quarta-feira, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.