Sindicato Independente dos Motoristas desconvocou greve em Portugal

Greve junto à sede da Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima, durante o terceiro dia da greve por tempo indeterminado dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias, Azambuja, 14 de agosto de 2019. MÁRIO CRUZ/LUSA

Da Redação
Com Lusa

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) anunciou na noite deste dia 15 que vai desconvocar a greve que iniciou segunda-feira por tempo indeterminado.

O primeiro-ministro, António Costa, já saudou o Sindicato e a Antram por este ter desconvocado a greve e, assim, iniciar as negociações com a associação patronal.

“Saúdo o SIMM [Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias] e a Antram [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] que conseguiram alcançar o que todos ambicionamos: o fim da greve e o início das negociações entre as partes. O diálogo faz o seu caminho, devolvendo tranquilidade aos portugueses”, escreveu António Costa na sua página da rede social Twitter.

“Que mais este exemplo inspire todos. Que ninguém fique isolado numa greve estéril que compromete o diálogo”, acrescentou o governante, numa referencia ao acordo alcançado na quarta-feira entre a Antram e a Fertrans (Federação de transportes afeta à CGTP)

O SIMM anunciou agora que vai desconvocar a greve. “A greve vai ser desconvocada da parte do SIMM”, anunciou o porta-voz do sindicato, Anacleto Rodrigues, no final de uma reunião no Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa.

“Chegamos à conclusão de que esta greve não surtiu os efeitos que desejávamos”, justificou o sindicalista.

O SIMM é um dos sindicatos que convocou a greve que decorre desde segunda-feira por tempo indeterminado. Já o Sindicato Nacional de Mercadorias de Matérias Perigosas (SNMMP) mantém a paralisação.

O porta-voz da Antram apelou hoje ao Sindicato de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) que desconvoque a greve e volte às negociações, seguindo o exemplo do Sindicato Independente.

“Não há vencidos, há um vencedor que é o diálogo”, disse o advogado, sublinhando que hoje “foi dado mais um passo histórico” com a assinatura de um documento que trará “melhorias muito grandes para o setor”, nomeadamente aumentos salariais.

Mais cedo, o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, disse que o processo de mediação para travar o conflito laboral entre o sindicato dos motoristas de matérias perigosas e a Antram “não é viável”.

“O processo de mediação só avança quando tem viabilidade” e “depende da vontade das partes”, afirmou o governante, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Para o secretário de Estado, “aquilo que é claro neste momento para o Governo é que qualquer processo de mediação já só é possível num quadro em que a greve não está ativa”.

“Para que qualquer pedido de mediação não seja um expediente dilatório, não seja uma mera formalidade, mas pelo contrário, possa ter condições de êxito, aquilo que é essencial é que a greve termine”, reforçou o governante.

Durante a tarde, Miguel Cabrita tinha dito que o Governo ia nomear um mediador para tentar terminar o conflito laboral entre a Antram e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), depois desta estrutura sindical ter pedido a mediação do Governo para um possível entendimento.

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