Setor da panificação se reúne na “1ª Sinaspan Beer Fest” encerrando 2021

Por Odair Sene
Mundo Lusíada

O Sinaspan – Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Santos e Região, entidade que congrega empresários do setor e fornecedores, e oferece cursos profissionalizantes para empregados da panificação, reuniu sua diretoria, profissionais das padarias, empresas fornecedoras, colaboradores e convidados na noite de 27 de novembro no salão de festas do Centro Cultural Português de Santos, para seu evento intitulado “1ª SINASPAN BEER FEST”, com apoio de várias empresas patrocinadoras.

Antonio Pires (Toninho), o presidente da entidade, que está à frente do Sindicato há dois anos e meio e tem recebido elogios pela gestão, disse ao Mundo Lusíada que tem uma diretoria muito unida e isso valoriza a equipe. “Nunca é uma única pessoa, muitas vezes eu acabo aparecendo mas é uma diretoria, tem muita gente por trás fazendo isso acontecer. E na verdade tudo que está acontecendo todos esperavam, o que fizemos foi construir pontes para unificar todos novamente, foi uma conjunção de fatores que fez com que as coisas pudessem começar a andar e retomar o que ficou parado por algum tempo”, referiu.

Segundo ele, a diretoria conversa sobre uma continuidade para um segundo mandato, e pontuou iniciativas em andamento, como problemas herdados da gestão passada que foram sanados, retomada da obra do prédio depois de 27 anos, e finalização de toda parte de fachada, previsão de reinaugurar a escolinha de panificação já no primeiro semestre, entre outras.

Mas ele defende que tenha rodízio na presidência: “A ideia é que tenha alternância a frente do Sindicato, eu acho que isso é importante. Ainda que essa atual diretoria tem feito um excelente trabalho, pelo menos é o que eu escuto, os resultados tem aparecido. Estamos discutindo a sucessão, mas independente de quem estiver à frente do Sindicato, a continuidade dos trabalhos que a atual diretoria está realizando tenho certeza que vai ter”.

O Sinaspan, que antigamente tinha cerca de 100 padarias associadas, incrementou esse número, primeiro pela junção das entidades: Unepa, Sinaspan e Associação. “Eu acho que o empresário da panificação se associar ao Sindicato é uma questão de credibilidade. Quando ele começa a ver que o trabalho está sendo feito em prol do setor de panificação, acaba se aproximando e entendendo que ele faz parte do sindicato, que é do panificador. Ele entende isso quando começa a ver os resultados que temos obtido”.

Pires entende que o setor já está passando por um processo de profissionalização, uma questão que foi agilizada diante da pandemia. “O setor vem se profissionalizando, oferecendo mais serviços e produtos, capturando todos os momentos de compra do consumidor, não é mais só o pão francês, também o almoço, na janta, na sopa, no frango, padaria é isso, querer atender bem o cliente e oferecer a toda hora, para ele sempre estar bem servido”.

O Sinaspan contou com grandes parceiros, na festa e em investimentos nas obras realizadas. “A credibilidade que atrai o empresário de panificação também atrai parcerias, as empresas começam a entender que o Sindicato abre portas, gera negócios. O sindicato é um facilitador, num modelo novo de sindicato em construir relações de longo prazo, e não transacionais de toma lá da cá”, sendo um setor muito importante para a economia da região.

Ao final, lembrando que a fase da pandemia não foi nada fácil, o presidente comentou a perda de amigos e colaboradores, para a Covid-19, como a figura do ex-presidente Adalberto Vieira Freire. “Tudo que a gente passou nesses dois últimos anos foi muito triste, inesperado. Infelizmente perdemos grandes amigos nesse percurso de covid, que são as grandes perdas na verdade, a parte econômica a gente recupera. O setor de panificação acabou sendo menos afetado que outros setores, mas tenho certeza que eles, lá de cima, estão felizes com tudo que a gente tem feito”, disse o dirigente emocionado. “Se estivessem aqui no dia de hoje estariam comemorando pela festa e por todas essas conquistas, porque eles também batalharam muito para que tudo isso pudesse acontecer”, concluiu.

Quem está sempre à frente das realizações e sempre trabalhando muito para colocar os projetos em prática é outro ex-presidente (ainda da época da Unepa) o Alberto de Pinho, que foi fundamental neste processo de mudança de status, para o que é hoje a direção.

Ao Mundo Lusíada Alberto de Pinho falou sobre a festa que reúne o setor. Ele fez uma avaliação do ano e disse que foi difícil para todos, “para o nosso setor foi menos difícil, mas mesmo assim muito complicado. Sobre a festa, é uma festa de final de ano, mas, apesar das coisas terem caminhado muito lentamente, tanto é que nós costumávamos a fazer umas brincadeiras e festas quatro vezes ao ano, este ano foi só mesmo as duas, que foi na comemoração ao ‘Dia do Panificador’ e essa agora do encerramento de 2021”, disse ele que percebeu uma retração das empresas como um todo (no apoio aos eventos) “elas também limitaram um pouco na questão da colaboração, mas as que tem sempre participado estão presentes, estão bem atuantes e apoiando o setor sempre”, disse Alberto comemorando o fato de terem reunido 300/350 pessoas nessa noite (aproximadamente), entre empresas, panificadores, alguns convidados, colaboradores.

Além do elogiado cardápio preparado pela equipe da Milena Paiva Fernandes, do Fontoura Buffet, do cozinheiro Valter Fernandes, o evento também contou com atração diferenciada no palco, a Banda Fênix, com 37 anos de estrada, e tem participado dos eventos dos panificadores desde a década de 1990, trazendo repertório bem diversificado, incluindo uma seleção especial com música portuguesa.

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