Sesc em SP apresenta peça inspirada em livro homônimo de Valter Hugo Mãe

Valter Hugo Mãe, escritor português premiado. Foto divulgação

Da Redação

De 10 de maio a 30 de junho, sextas e sábados, às 21h, e, aos domingos, às 18h, o Sesc Santana apresenta, em espetáculo teatral a adaptação da obra “A Desumanização”, inédita no Brasil e de autoria do premiado autor português Valter Hugo Mãe.

A peça tem direção de José Roberto Jardim e conta, no elenco, com as atrizes Fernanda Nobre e Maria Helena Chira. Na trama, Halldora relembra a infância e o que a fez deixar sua cidade natal, na Islândia. A morte da irmã gêmea, o envolvimento com um homem ofuscado por um segredo e a difícil tarefa de existir numa comunidade opressora são os elementos com que tem que lidar, a partir dos recursos próprios da infância.

Esta montagem busca uma linha narrativa que preserva as imagens idealizadas pelo autor, criando uma leitura paralela. Duas atrizes em cena, uma delas, narradora do livro. Elas falam do passado e, ao mesmo tempo, revivem as diferentes passagens das fases de menina para mulher, as descobertas dolorosas e a necessidade de se sentir inteira.

No romance, o “longe” é representado pela Islândia, lugar mítico e sombrio. Cenicamente, esse lugar se dá internamente e pelas palavras de Valter Hugo Mãe. O lirismo e a poesia estão presentes e há uma lente de aumento na questão da falta de identidade, da falta da outra metade, da duplicação.

SINOPSE

A peça retrata a busca da identidade e da integridade de uma mulher em luta íntima para encontrar o espaço de sua existência em contraponto à perda de sua irmã gêmea, analogicamente, seu espelho. Sigridur falece e sua irmã gêmea, Halla, começa a sentir a solidão e as incertezas da vida sem seu “espelho”.

Com 12 anos de idade e morando com pai e mãe, brotam pensamentos perturbadores em sua mente infantil, que jura sentir a terra sobre seu corpo, exatamente como deveria estar sentindo a irmã morta e enterrada. Nesse cenário, Halla inicia uma busca por sua identidade ao mesmo tempo em que o mundo lhe descortina os sentimentos em torno do luto, da solidão, do desamparo e vai lhe revelando uma vida real, com menos ilusões e fantasias pueris.

Em 15 de junho, ainda sem confirmação de horário, Valter Hugo Mãe é aguardado para um bate-papo com o público, diretor, elenco e Fernando Paz (responsável pela adaptação) sobre essa inédita adaptação de seu romance para os palcos brasileiros.

José Roberto Jardim assina a direção e vem, ao longo dos últimos anos, acumulando prêmios e recebendo reconhecimento internacional ao ser convidado para se apresentar em muitos festivais, seja como ator ou diretor.

Com “Adeus Palhaços Mortos”, recebeu inúmeras premiações e participou de vários festivais internacionais. Com “A Cor que Caiu do Espaço” e “O Poço e o Pêndulo”, concorreu a premiações de direção em 2018. Ainda em maio deste ano estreará seu espetáculo “Há Dias que Não Morro”, no International Antalya Theatre Festival.

Fernanda Nobre é atriz e foi indicada para Melhor Atriz pelo prêmio Shell RJ 2016 por sua atuação no espetáculo “O Corpo da Mulher como Campo de Batalha”, de Matei Visniec. Começou sua carreira artística aos 8 anos de idade, trazendo hoje no currículo, 14 novelas, 8 séries e 3 filmes. No teatro, realizou dez espetáculos. Entre estes, foi dirigida por Aderbal Freire Filho, João Fonseca, Fernando Philbert e, atualmente, também está em cartaz com o espetáculo “Soror”, com direção de Caco Ciocler.

Maria Helena Chira é atriz formada pela ECA e idealizadora da adaptação do livro para os palcos. Em teatro, trabalhou com diretores como Leonardo Moreira e José Possi Neto, além da extinta Cia. de Teatro em Quadrinhos. Estreou na TV com um papel importante na série “Som & Fúria”, dirigida por Fernando Meirelles, na Rede Globo. Fez algumas novelas na emissora e séries em canais fechados, tendo recebido o Prêmio Telas de Melhor Atriz por “Zé do Caixão”, série que co-protagonizou com Matheus Nachtergaele.

SERVIÇO

Sesc Santana – Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Jd. São Paulo, São Paulo – SP.

De 10 de maio a 30 de junho. Sextas e sábados, às 21h; domingos, às 18h.

*Em virtude da Virada Cultural, não haverá espetáculo nos dias 17, 18 e 19 de maio.

Local: Teatro. Capacidade: 330 lugares.

Duração: 75 minutos. Recomendação etária: 16 anos.

Ingressos: R$ 12 (credencial plena), R$ 20 (meia entrada) e R$ 40 (inteira).

Vendas online a partir de 30/4, às 12h; venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 02/5, às 17h30.

Acesso para pessoas com deficiência – estacionamento – ar condicionado.

Estacionamento – R$12,00 a primeira hora e R$3,00 a hora adicional – desconto para credenciados.

Para informações 0800-118220 ou acesse o portal www.sescsp.org.br

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