Da Redação
A terceira fase do projeto-piloto sobre semana de quatro dias arranca nesta segunda-feira, para mil trabalhadores de 39 empresas portuguesas, informou o governo português.
A experiência na prática começa hoje para 39 empresas distribuídas por 10 distritos do país. Entre os participantes estão empresas do setor social, da indústria e do comércio. Dentro desta amostra, há 12 empresas que já implementaram a semana de quatro dias no final de 2022, início de 2023.
A avaliação é feita através de inquéritos (antes, durante e depois da experiência), que estão desenhados para serem comparáveis com as outras experiências internacionais, mas adaptados à realidade portuguesa.
O inquérito inicial deu-se em fevereiro de 2023, o final será em outubro de 2023 e o inquérito pós-piloto terá lugar em fevereiro de 2024.
Segundo o governo, as vantagens da semana de quatro dias para os trabalhadores passam não só por redução das horas de trabalho semanais, como aumento da produtividade e competitividade, promoção do bem-estar físico e mental (redução de stresse e casos de burnout, e aumento da qualidade de vida.
Já entre os benefícios para as empresas está um menor custo de recrutamento e formação dada a menor rotatividade de pessoal; menos custos com trabalhadores temporários devido à redução do absentismo; menos custos com matérias-primas por haver menos erros e produtos defeituosos; e poupança de energia.
O projeto piloto abriu candidaturas a todas as empresas do setor privado, com uma proposta de experiência de seis meses, voluntária e reversível, sem contrapartida financeira. O Estado providencia apenas suporte técnico e administrativo para apoiar a transição.
Numa segunda fase, o projeto será estendido ao setor público. Por fim, serão criadas condições para testar um modelo mais ambicioso, em que um grupo de empresas adota a mudança para a semana de quatro dias e outro serve de controle.
De Junho a novembro de 2023 segue a experiência-piloto. Em Dezembro de 2023, terá um mês de reflexão por parte da gestão das empresas, segundo o governo.