Da Redação
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou a importância da União Europeia na gestão solidária do fluxo de refugiados, na pacificação dos conflitos à porta da Europa e para fazer frente à ameaça terrorista.
“Sem União Europeia estaremos todos mais frágeis para enfrentar estes desafios. Como sempre aconteceu ao longo destes 50 anos é com ela que conseguiremos resolver melhor cada uma destas ameaças”, afirmou o Primeiro-Ministro no final do Encontro de Líderes Socialistas Europeus, em Paris.
António Costa referiu que os dirigentes europeus têm de dar uma resposta clara para que a Europa “seja capaz de retomar nas suas mãos o seu próprio destino em matéria de segurança, em matéria de desenvolvimento econômico e em matéria de garantia do modelo social”, acrescentando que a Europa é capaz de responder aos grandes desafios da economia atual.
Vantagens da união
O Primeiro-Ministro destacou também que os Estados-Membros terão uma resposta mais frágil às ameaças se a tiverem de dar isoladamente.
“Nem sempre é fácil estar juntos, todos sabemos isso, mas separados ficará cada um de nós certamente em piores condições de responder à ameaça terrorista, à necessidade de uma gestão solidária do fluxo de refugiados, ao esforço que em conjunto temos de fazer para pacificar os vários conflitos que existem nas fronteiras da Europa”, continuou.
O líder do Governo português abordou também a necessidade de apoiar o desenvolvimento em África e o objetivo de garantir “um mercado interno que não gere desequilíbrios, que não seja só uma moeda única mas uma moeda de prosperidade partilhada por todos”.
António Costa referiu que são as inseguranças que os cidadãos sentem, “quer na segurança, quer no emprego, quer nas expetativas de futuro, quer quanto à defesa do modelo social que a Europa não tem cumprido”, que têm alimentado decisões como a do Reino Unido de sair da União Europeia, declarou.
