Da Redação
A seleção Futebol Clube Malaika, formada por jogadores refugiados sub-20 de oito diferentes países, se sagrou campeã da Copa do Brasil de Refugiados de 2018. A final aconteceu na terça-feira no Estádio do Pacaembú, em São Paulo.
O time vencedor é formado por jogadores de países como Síria, Nigéria, Angola, Togo, Guiné-Bissau e República Democrática do Congo. O nome Malaika significa “anjos” e representa a união entre os povos.
A iniciativa é apoiada pela Agência da ONU para Refugiados, Acnur. O técnico dos vencedores, o nigeriano Mavis, comentou que seu time mostrou em campo “uma determinação de campeões”.
O Acnur Brasil defende que a Copa dos Refugiados já se tornou uma referência do calendário esportivo de São Paulo, onde acontece há cinco anos. A agência destaca o “grande prestígio” do evento entre diferentes comunidades de refugiados.
Discursando no final da premiação, o prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas, reafirmou a importância do convívio pacífico e respeitoso neste Dia da Consciência Negra, feriado em grande parte das cidades do Brasil.
Segundo ele “a cidade de São Paulo reafirma o seu compromisso na luta contra o preconceito”. Mais recentemente, a Copa dos Refugiados foi integrada também às atividades esportivas das cidades de Porto Alegre e do Rio de Janeiro.
O tema do campeonato de futebol foi “Não me julgue antes de me conhecer”. A parceria entre a ONG África do Coração e o Acnur começou em 2014 para integrar os refugiados no contexto da Copa do Mundo que acontecia no Brasil.
Em 2018, cerca de mil refugiados, migrantes e até brasileiros estiveram nas fases regionais da disputa, com 41 seleções formadas por jogadores de 27 nacionalidades.