Segundo comandante de Operações de Socorro de Leiria acusado em inquérito sobre incêndio de Pedrógão Grande

Da Redação
Com Lusa

O segundo comandante distrital de Operações de Socorro de Leiria, Mário Cerol, foi acusado na sequência de um inquérito ao incêndio de Pedrógão Grande, que deflagrou no dia 17 de junho, confirmou o próprio à agência Lusa.

Mário Cerol, que será o primeiro arguido deste inquérito, disse que foi ouvido na semana passada pelo Ministério Público. “Não posso falar mais nada”, referiu. A notícia foi avançada pelo Diário de Leiria.

O incêndio que deflagrou em 17 de junho em Pedrógão Grande (distrito de Leiria), atingindo vários concelhos vizinhos, esteve ativo uma semana e causou, segundo o balanço oficial feito no verão, 64 mortos e mais de 200 feridos. Registrou-se ainda o atropelamento de uma mulher que fugia das chamas e, já em novembro, morreu uma mulher que estava internada com ferimentos graves.

O segundo comandante acrescentou que não está a ter apoio jurídico por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

A devastação e as mortes causadas pelos trágicos fogos marcam 2017 como o pior ano em Portugal quanto a incêndios florestais.

Dos 64 mortos contabilizados oficialmente, 47 morreram na Estrada Nacional 236, a fugir ao fogo. A devastação terá atingido aproximadamente 500 casas, 169 das quais de primeira habitação, e afetado quase 50 empresas e o emprego de 372 pessoas.

Ao longo de uma semana, este incêndio consumiu cerca de 27 mil hectares de floresta, segundo dados provisórios.

O presidente português já confirmou que estará, no dia de Natal, em Pedrogão Grande, de onde deverá fazer seu pronunciamento de fim de ano.

 

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