Secretário-geral da ONU preocupado com “frágil” situação na Guiné-Bissau

Da Redação
Com Lusa

O secretário-geral da ONU, António Guterres, continua preocupado com a situação “frágil” da Guiné-Bissau, salientando que a desconfiança entre atores políticos e as “manobras políticas” continuam a dificultar o processo eleitoral.

“Apesar dos progressos iniciais realizados entre abril e junho de 2018, incluindo a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e a formação de um governo amplamente representativo, a situação na Guiné-Bissau continua frágil”, refere António Guterres num relatório que vai ser analisado pelo Conselho de Segurança da ONU no final de fevereiro.

No relatório, divulgado pela Nações Unidas, o secretário-geral da ONU salienta que a “persistente falta de confiança entre os atores políticos na Guiné-Bissau e as manobras políticas a eles associadas continuam a dificultar o bom funcionamento do processo eleitoral”.

“Peço uma vez mais a todos os atores políticos da Guiné-Bissau que deem prioridade ao seu país e aos seus compatriotas e resolvam as suas diferenças através de um diálogo construtivo”, refere António Guterres, sublinhando que isso é essencial para alcançar a estabilidade política.

António Guterres refere que as Nações Unidas continuam disponíveis para ajudar o país, mas que é preciso as “partes interessadas nacionais demonstrarem boa-fé e vontade política para continuar o progresso do país em direção à estabilidade política e institucional”.

“Aqueles que obstruírem o processo eleitoral devem ser responsáveis pelas suas ações”, sublinhou, referindo-se à ameaça da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, que voltou a admitir a imposição de sanções a quem criasse obstáculos à realização de eleições.

A Guiné-Bissau realiza eleições legislativas a 10 de março, a campanha eleitoral arranca no sábado e vai decorrer até 08 de março.

No relatório, António Guterres recomenda ao Conselho de Segurança a extensão do mandato do Gabinete Integrado para a Consolidação da Paz e Segurança por o período de mais um ano, até fevereiro de 2020.

O Conselho de Segurança deverá discutir o relatório do secretário-geral da ONU no final de fevereiro.

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