Da Redação
O secretário-geral da ONU, António Guterres, recebeu na última quinta-feira sua primeira dose da vacina contra a Covid-19. Ele foi imunizado numa escola pública de Nova Iorque, que está vacinando agentes de saúde, professores e pessoas acima de 65 anos. Guterres, 71 anos, marcou tudo pela internet e esperou pela sua vez na fila.
Em sua conta oficial no Twitter, Guterres disse ser “afortunado e agradecido” por receber a imunização. Ele afirmou que era preciso trabalhar “para garantir que a vacina está disponível para todos, em todo o lado.” Segundo ele, com esta pandemia, ninguém está seguro até todos estarem seguros.
Em nota, a comissária do Gabinete do Prefeito de Nova Iorque para Assuntos Internacionais, Penny Abeywardena, lembrou que ao utilizar a internet para marcar a vacina, o chefe da ONU se comportou como os nova-iorquinos.
Para ela, “isso ajudará muito a construir a confiança nas comunidades de que a vacina é segura para todos.”
Pela manhã, Guterres disse à Assembleia Geral que as vacinas são “um grande teste moral e “devem ser vistas como bens públicos, disponíveis e acessíveis para todos.”
O secretário-geral destacou a iniciativa da Organização Mundial da Saúde, OMS, Covax, para levar os imunizantes aos países de rendas baixa e média. Mas a Covax ainda precisa de US$ 27 bilhões para cumprir o objetivo de vacinar 2 bilhões de pessoas até o final deste ano.
Esta semana, Guterres descreveu 2020 como um “annus horribilis”, ou ano horrível, em latim, devido à pandemia da Covid-19, a emergência climática e outras ameaças globais.
Em discurso na Assembleia Geral, ele realçou várias oportunidades e pediu aos Estados-membros que transformem 2021 em um “annus possibilitatis”, um ano de possibilidades, oportunidade e esperança.