Da Redação
Com Lusa
O Presidente são-tomense, prorroga este sábado, pela quinta vez consecutiva, o estado de emergência em vigor no país, para combater a propagação da covid-19, segundo o porta-voz do Governo, Adelino Lucas.
“Entendeu-se que é necessário dar-se prosseguimento aos trabalhos iniciados aquando do quinto estado de emergência, que termina no dia 31 deste mês, sobretudo na vertente sanitária e análise da real epidemiológica em São Tomé e Príncipe”, disse o representante do executivo, no final de uma reunião convocada pelo Presidente, Evaristo Carvalho.
No encontro, que teve a participação de representantes dos órgãos de soberania, técnicos da saúde, representantes da sociedade civil e membros da Presidência da República, segundo o porta-voz, “constatou-se que há necessidade de mais um estado de emergência”.
Esta será a quinta prorrogação do estado de emergência em São Tomé e Príncipe, desde que a doença foi anunciada no país e a decisão será publicada através de um decreto presidencial.
Médicos do Instituto de Emergência Médica (INEM), especialistas cubanos e quadro nacionais da saúde fizeram uma exposição sobre a atual situação da pandemia no país, e segundo o porta-voz do encontro, “concluiu-se que está-se no bom caminho, numa perspetiva de despistagem, já que a tendência da covid-19 é crescer no país”.
Depois da prorrogação do estado de emergência o Governo anunciará novas medidas de restrição, “a maioria das quais serão uma sequência das medidas já em curso, tais como o uso obrigatório das máscaras, o distanciamento obrigatório, o isolamento”.
O Governo acredita que o pico da pandemia poderá ocorrer a 27 de junho, reconhecendo que a situação atual da doença no país “é complicadíssima”.
Casos
São Tomé e Príncipe registou 16 casos positivos de covid-19 em 50 testes rápidos realizados nas últimas 24 horas, totalizando 479 infeções, indicou a porta-voz do Ministério da Saúde, Isabel dos Santos.
De acordo com a responsável, no hospital de campanha estão sete doentes, enquanto o número de pessoas em isolamento domiciliário passou para 392.
No serviço sintomático respiratório encontram-se internados quatro doentes e o número de óbitos mantém-se em 12 pessoas.
Em África, há 3.922 mortos confirmados em mais de 135 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções (1.306 casos e 12 mortos), seguida da Guiné-Bissau (1.256 casos e oito mortos), Cabo Verde (421 casos e quatro mortes), São Tomé e Príncipe (458 casos e 12 mortos), Moçambique (244 casos e dois mortos) e Angola (77 infetados e quatro mortos).
O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com 27.878 mortos e mais de 465 mil contaminados, sendo o segundo do mundo em número de infeções, atrás dos Estados Unidos (1,7 milhões) e à frente da Rússia (cerca de 387 mil).