São Tomé proíbe viagens para países afetados pelo Ebola e OMS publica roteiro mundial

Mundo Lusíada
Com agencias

SaoTomePrincipe_MarViagemO governo de São Tomé e Príncipe proibiu a entrada e saída de pessoas e bens, incluindo cidadãos estrangeiros, de países como a Nigéria, Guiné Conacri, Serra Leoa e outros “onde já foram declarados os casos de Ébola”.

A decisão consta de um comunicado do conselho de ministros distribuído à imprensa em 29 de agosto, em que se justifica a medida como “preventiva face à propagação do vírus do ébola em vários países do continente”.

O conselho de ministros “decidiu pela validação do plano nacional de contingência” contra o vírus ébola, elaborado pelo ministério são-tomense da saúde com apoio da organização Mundial da Saúde (OMS) e aprovado esta semana pelo comitê de emergência.

Segundo o comunicado do governo, as embaixadas são-tomenses nesses países ou que fazem ligação com esses países foram orientadas “no sentido de procederem de conformidade, quando solicitado vistos para São Tomé e Príncipe”.

O Plano de contingência do governo são-tomense para fazer face a uma eventual doença provocada pelo vírus do ébola está avaliado em 600 mil euros e vai de setembro deste ano a novembro de 2015.

Contempla um conjunto de ações a desenvolver, incluindo também restrições nos portos e aeroportos e limitação nas importações de alguns produtos, como roupas e carnes provenientes dos países africanos.

“São toda uma série de ações que vamos pôr em prática, para que estejamos mais preparados para lidarmos com eventuais casos de Ébola”, disse a ministra são-tomense da Saúde, Maria Tomé que apelou aos órgãos da comunicação social públicos e privados no sentido de “ajudarem a passar a mensagem” sobre as medidas de prevenção anunciadas pelo governo.

Cabo Verde
Já o Ministério da Saúde de Cabo Verde criou uma Linha Verde, com o número 800 28 28, para dar resposta a chamadas de emergência de pessoas com sintomas do vírus de Ébola.

Segundo o Ministério da Saúde de Cabo Verde, todos os utentes de qualquer concelho podem ligar para o número, a partir da rede fixa, e irá cair, diretamente, nos números que os delegados de Saúde e Hospitais indicaram previamente.

“O número destina-se a avaliar a situação perante uma chamada de um utente com sintomas semelhantes aos do Ébola e à tomada de medidas que se impõem”, sublinhou o ministério, indicando que a criação do número acontece no âmbito do Plano Nacional de Contingência, com medidas preventivas a serem tomadas, principalmente nos portos e nos aeroportos.

Além disso, as autoridades cabo-verdianas desdobram-se em formações, distribuição de desdobráveis e panfletos informativos e ainda vários programas de rádio e televisão a alertar dos riscos do Ébola.

OMS publica roteiro
A OMS anunciou que vai publicar um roteiro mundial do vírus ébola, que assola a África Ocidental, visando dar resposta internacional, dentro de nove meses.

O itinerário “servirá como um quadro para a atualização dos planos operacionais detalhados”, refere um comunicado divulgado na Internet.

De acordo com a OMS, o roteiro resulta dos comentários recebidos de um grande número de parceiros, incluindo autoridades de saúde dos quatro países afetados – Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria -, a União Africana, bancos de desenvolvimento, outras agências da ONU, Médicos Sem Fronteiras (MSF) e países que forneceram apoio financeiro direto para estancar a doença.

A prioridade da OMS será dada às necessidades de tratamento e centros de gestão, bem como ao trabalho de mobilização social e enterros seguros das vítimas da doença, destaca a nota.

O mapeamento irá apresentar dados epidemiológicos das zonas afetadas, especialmente as que requerem que haja uma coordenação internacional dos parceiros para o fornecimento de equipamentos de proteção individual, desinfetantes e sacos para cadáveres, assinala o comunicado.

Com esta iniciativa, a OMS espera “interromper a transmissão do Ébola em curso em todo o mundo dentro de seis a nove meses” e que, paralelamente, vai avaliar o impacto socioeconômico da pandemia.

De acordo com o último balanço, concluído na terça-feira pela OMS, pelo menos 1.552 pessoas morreram vítimas do vírus Ébola, num universo de 3.069 casos diagnosticados em quatro países da África ocidental.

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