São Tomé e Príncipe representados em São Paulo por consultoria

Da Redação

O arquipélago de São Tomé e Príncipe vai instituir consulado na cidade de São Paulo e representação comercial no Brasil, através do escritório da Empro Consultoria Empresarial. “São Tomé e Príncipe apresenta um alto potencial de desenvolvimento em todas as áreas e queremos aproveitar a sinergia com o Brasil para abrir uma nova frente de negócios”, diz Luiz Vasone, presidente da Empro.

A Empro Consultoria Empresarial abrirá um escritório comercial em São Tomé e Príncipe, na região das zonas francas, e será um offshore para os empresários brasileiros. A sede será a primeira representação diplomática do país africano no Brasil, com objetivo de ampliar o intercâmbio econômico e abrir novas frentes de investimento. A Consultoria será a sede do consulado e representante comercial.

Representantes do Governo de São Tomé e Príncipe, Arzemiro dos Prazeres, diretor-executivo das zonas francas,  e  Miriam Daio, diretora-geral de Turismo,  visitaram o Brasil para falar com empresários sobre as oportunidades de negócios no país. “A palestra foi bastante concorrido por alguns setores empresariais de São Paulo. Também estiveram presentes parlamentares, que ficaram bastante entusiasmados e levarão o assunto a Brasília”, disse Vasone.

São Tomé e Príncipe, como o Brasil, é membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Sua economia passa por uma fase de reestruturação, com crescimento em torno de 5% ao ano. O turismo e a agricultura são as principais fontes de negócios do país, que, nos últimos anos, criou novos incentivos para a promoção das zonas francas. Seus principais parceiros comerciais são Angola e Portugal, para os quais exporta cacau e café. De outro lado, porém, importa tudo dessas nações, incluindo alimentos e uma diversidade de produtos e serviços.  “Vemos grandes oportunidades para empresas brasileiras instalarem filiais em São Tomé e Príncipe e, a partir de lá, atender os mercados da África Ocidental, que englobam Nigéria, Angola, Congo, Gabão, Camarões e Benin, somando mais de 300 milhões de consumidores”, destaca o presidente.

O Brasil, que conta com embaixada em São Tomé e Príncipe, já mantêm relações comerciais com esse país. Em 2010, foi aberta linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de US$ 5 milhões. Com esse dinheiro, os africanos importaram cinco toneladas de alimentos brasileiros.

O turismo é uma fonte de grandes negócios em São Tomé e Príncipe. “É um setor da economia local bem desenvolvido. O país conta com uma estrutura hoteleira ampla, muitos restaurantes, além de várias localidades exóticas e praias inexploradas, com o ecoturismo sendo de grande destaque”, observa Luiz Vasone.

Os principais visitantes são os portugueses, franceses e angolanos. De acordo com informações de São Tomé e Príncipe, cerca de 11 mil pessoas, 50% das quais provenientes de Portugal, fazem turismo no país anualmente.

Vasone espera que, com a abertura do consulado e maior informação sobre o país, as operadoras de turismo se interessem em criar pacotes para a região, e as companhias aéreas, voos. Atualmente, a viagem a São Tomé e Príncipe para os brasileiros é feita via Portugal.

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