São Paulo ganha um instituto especializado em queijos artesanais

Da Redação

Meia cura, maturado, cremoso, fresco, derretido no pão, com goiabada, dentro do hambúrguer ou onde a criatividade – e a fome – do consumidor conseguir colocar, lá estará uma das grandes iguarias apreciadas pelos brasileiros: o queijo.

Além de ser benéfico para a saúde (nele se concentram proteínas, gorduras, sais minerais e vitaminas) o produto também é uma riqueza para a economia e turismo do país, afinal, degustar um bom queijo em um lugar especial pode ser uma experiência inesquecível.

Seguindo a direção do comércio e turismo, o queijo torna-se um aliado para quem quer ver a renda crescer e investir no negócio. Pensando nas vendas para o mercado, na geração de novos empregos, acaba de ser inaugurado, em São Paulo (SP), o Instituto Zé Mário, especializado em queijos artesanais.

O local nasceu da ideia de Fernando Oliveira, proprietário de uma loja de queijos na capital paulistana, que cresceu vendo o avô trabalhar com o alimento. A partir daí, o desejo de ensinar outras pessoas a fazer do queijo uma arte saborosa e lucrativa só aumentou.

Desde final de abril, o Instituto Zé Mário funciona como uma escola gastronômica, onde de um lado está a sala de aula e do outro a cozinha prática com aulas sobre fabricação, cuidados e técnicas de produção. O primeiro curso tem como tema “queijos naturais” e dura quatro dias. A ideia é promover educação e, ao mesmo tempo, profissionalizar pessoas interessadas em iniciar ou melhorar seu negócio de queijos.

“Os cursos são para todos os interessados, mas temos uma modalidade especial e gratuita, intitulada ‘Filhos do Queijo’ para jovens entre 16 e 23 anos que estejam cursando ou já concluíram o ensino médio. Nela, o aprendiz terá formação na área e já sai preparado para o mercado de trabalho”, explica a presidente do Instituto, Jéssica Alexiou.

Turismo do queijo

O turista que sentiu água na boca, mas não poderá apreciar a delícia em São Paulo, pode ficar tranquilo, pois outras regiões do Brasil também estão na lista de produtoras e difusoras desse alimento tão tradicional e gostoso. A Serra da Canastra (MG) é a terra do produtor Zé Mário, que foi homenageado pelo Instituto, e é famosa pela cultura ‘queijeira’. Os produtores artesanais de queijo de leite cru fabricam, há mais de dois séculos, a delícia, que de tão boa é considerada Patrimônio Imaterial de Minas Gerais e do Brasil.

A região sul do país também não fica para trás quando o assunto é queijo bom. Comer um fondue no frio da Serra Gaúcha (RS), por exemplo, já virou tradição para quem passeia nas cidades que a compõem. Porém, nem só de frio vive a cultura do queijo e o turista que gosta do calor pode aproveitar o sabor do queijo coalho nas praias do Ceará, ou derreter queijo manteiga na carne de sol no Rio Grande do Norte.

Para fechar, o Pará e o queijo da ilha de Marajó, produzido no arquipélago a partir do leite de búfala. O produto é feito há mais de 200 anos e é considerado um patrimônio cultural do estado, ou seja, além de se deliciar com o queijo, o turista ainda estará beneficiando as famílias produtoras, que mantém a tradição do produto transmitindo esse conhecimento de pai para filho.

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