Da Redação
O Museu da Saúde (MUSA), iniciativa do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) e de parceiros com o objetivo de preservar a memória do setor, abre hoje, 6 de abril, e segue até 25 de junho, no Museu Emílio Ribas em São Paulo, a exposição ‘A Saúde no Brasil Colonial’.
A mostra é baseada no livro A Saúde no Brasil, da historiadora luso-brasileira Sônia Maria de Freitas, patrocinado pelo INDSH e lançado no ano passado durante a Feira+Fórum Hospitalar 2014.
A exposição foi dividida em cinco módulos, com 28 paineis no total. Por meio de textos e imagens, serão mostradas as práticas da saúde tratadas do ponto de vista institucional e o modo como são praticadas pela sociedade. “As pesquisas sobre a história da saúde no Brasil são escassas”, explica a museóloga Cecília Machado, curadora da exposição e consultora do MUSA. “Esta exposição concretiza mais esse importante mapeamento”, diz.
A gerente de Projetos do INDSH e coordenadora do MUSA, Márcia Mariani, antecipa que o objetivo é levar a exposição para outras cidades brasileiras. “Nosso propósito é expandir o MUSA para que ele seja um verdadeiro catalizador da memória da Saúde brasileira e de valorização de seus pioneiros e grandes personalidades”, afirma Márcia.
O local da exposição, que pertence ao Instituto Butatan e ao governo do Estado de São Paulo, foi criado em 1965, instalado no antigo edifício do Desinfectório Central de São Paulo, e homenageia o famoso sanitarista brasileiro Emílio Marcondes Ribas (1862-1925).
A mostra traz, em cinco módulos, temas como Choque Entre Dois Mundos; O Novo Mundo; A Assistência por Fé: As Primeiras Instituições Hospitalares do Brasil; A Influência dos Jesuítas; e contribuições Africanas.
Quando os portugueses começaram a ocupar o território brasileiro, encontraram os tupiniquins. Os hábitos indígenas constituíram parte importante na formação da saúde no Brasil Colônia. As práticas trazidas com os europeus amenizaram parte das enfermidades que existiam entre os indígenas, mas provocaram também o agravamento e o surgimento de outras entre os nativos.
Segundo a organização da mostra, os escravos e os libertos no Brasil Colônia persistiram na cura de seus males com base nos conhecimentos ancestrais, reproduzindo técnicas e tratamentos curandeiros, mas também absorvendo os métodos e concepções de europeus e indígenas.
Organizadores
O MUSA está sendo elaborado desde 2010 com a ajuda de museólogos e historiadores. Por enquanto, pretende-se que seja um centro de pesquisa e referência virtual sobre a memória da saúde no Brasil, sem sede física.
De seu conselho consultivo fazem parte representantes da Associação Brasileira de Marketing em Saúde, Congregação Santa Catarina, Federação das Santas Casas do Estado de São Paulo e Sindicato dos Hospitais de São Paulo, além da escritora Sônia Freitas e da professora Theresinha Covas Lisboa, especialista em gestão hospitalar.
O INDSH é uma Organização Social de Saúde, sem fins lucrativos, que presta serviços nas áreas de assistência social e saúde, por meio da gestão de hospitais, clínicas, unidades de referência e de pronto atendimento. Atualmente, administra sete hospitais nos estados do Pará, Mato Grosso, Paraná e Minas Gerais (unidade própria).