Sabores e sons de Portugal e Brasil em almoço na Casa de Portugal Campinas

Presidente Jota Santos se prepara para deixar comando da casa.

Por Odair Sene

Em 13 de outubro, a Casa de Portugal de Campinas promoveu um almoço com bom público para uma gastronomia farta, com repertório variado no palco para os convidados.
O evento “sabores e sons de Portugal e do Brasil” foi uma mistura no palco, com a cantora Fátima Fonseca que apresentou sambas e fados, e no cardápio da casa, teve leitão e bacalhau assado, tutu de feijão e diversos acompanhamentos, além daquela entrada caprichada com alheira, bolinhos de bacalhau, queijos, tremoço, etc.
Ao Mundo Lusíada, o presidente J.Santos, que está prestes a encerrar sua gestão, disse que nunca estará longe da entidade. “No dia da minha posse eu disse que sou contra a reeleição, então claro que eu quero que venha um novo presidente, com novas ideias e nova maneira de administrar a Casa de Portugal, porque não é fácil posso garantir a todos, que pensam que é fácil, é um trabalho árduo mas eu gostei da experiência”.
No palco, o presidente falou em tom de saudosismo sobre a sua gestão, que trouxe novo ânimo para a comunidade portuguesa da região e já foi reconhecida e bastante elogiada pelo público que frequenta a casa. “Tenho medo que eu sinta muita saudade, mas a saudade é assim, o tempo que determina o nosso bem estar e eu quero estar bem sempre, e também preciso descansar um pouquinho”, diz J.Santos que passou esses últimos três anos administrando a entidade e – paralelamente – os seus negócios.
“Eu jamais estou cansado para administrar a Casa de Portugal. Mas é como disse e repito, sou contrário à reeleição, se vier alguém que me possa substituir à altura eu vou ficar feliz demais. Se vier alguém que não põe a Casa de Portugal onde ela merece estar, eu vou tentar ajudar”, reforçou.
Trabalhando no ramo da alimentação há muitos anos, J.Santos sabe que tem “mais facilidade” neste aspecto. “Qualquer presidente que venha depois de mim e que não esteja dentro dessa atividade do ramo de comida, ele vai ter mais dificuldade. Mas por isso eu estou aqui para dar dicas, e quero que ele seja como eu estou sendo, independente. Eu aceito críticas mas eu decido tudo, porque acho que consigo decidir bem”, referiu.
Segundo o presidente, os dois esteios que sempre defendeu durante a sua gestão foram: a cultura e gastronomia, e o segundo item foi mais fácil para o presidente. “Eu, como gosto de fartura, esse vai sempre ser o meu caminho, eu não faço pela metade, faço por inteiro”, diz ele que preza pela satisfação das pessoas que o visitam, antes de tudo.
O presidente finalizou dizendo que fez tudo o melhor possível, mas sempre com apoio total de sua esposa Isabel Lopes, que trabalha muito com ele para manter a gastronomia sempre em alta.
Relacionando as pessoas aos times portugueses, o presidente disse que receber todos os presentes: “foi uma alegria, porque ser um emigrante, é vestir a camisa de todo mundo. Um português emigrante é mais português do que os que vivem em Portugal, e todos são sempre bem vindos”. Na agenda, a casa prepara um evento para novembro e mais um em dezembro, que será o último de 2019, encerrando a elogiada gestão do Jota Santos.

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