Ryanair: Companhias de baixo custo são “chave” para recuperação

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira (9-D), acompanhado pelo presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (8-D), pelo presidente Executivo da Ryanair, Eddie Wilson (7-D), e pelo presidente da comissão executiva da ANA Aeroportos de Portugal, Thierry Ligonnière (6-D), durante a conferência de imprensa "Desenvolvimento de rotas no Aeroporto da Madeira", no Aeroporto Internacional da Madeira, em Santa Cruz, ilha da Madeira, 23 de novembro. HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

Da Redação com Lusa

O presidente executivo da Ryanair, Eddie Wilson, disse nesta quinta-feira que a operação da companhia na Região Autónoma da Madeira vai “transformar” o destino nos próximos anos, sublinhando que as transportadoras aéreas de baixo custo são a “chave” para o crescimento.

“A Madeira é uma grande marca e as pessoas querem vir cá, mas antes não conseguiam chegar a preços baratos e agora podem”, declarou, reforçando: “As companhias ‘low cost’ são a chave para o crescimento e a recuperação do turismo”.

Eddie Wilson falava durante uma visita à base da companhia no Aeroporto Internacional da Madeira, a quinta no país, operacional desde 29 de março, com a Ryanair a disponibilizar 350 mil lugares por ano em dez rotas com ligação direta à Região, cinco das quais novas.

“Vamos trazer um novo turismo para a Madeira”, afirmou, realçando que agora é mais fácil chegar à ilha, mesmo apesar dos frequentes problemas de operacionalidade no Aeroporto Cristiano Ronaldo devido aos ventos.

Eddie Wilson considera que não é possível fazer nada quanto ao estado do tempo e ao facto de haver voos que divergem, vincando que o mesmo ocorre noutros aeroportos da Europa.

“Acontece de tempos a tempos”, disse, acrescentando: “Se estivesse sempre a acontecer, não estaríamos a voar para cá. Temos uma base aqui, isso prova como estamos confiantes.”

Para além de Lisboa e Porto, a Ryanair efetua voos semanais para Bruxelas (Bélgica), Dublin (Irlanda), Londres e Manchester (Inglaterra), Marselha (França), Milão (Itália), Nuremberga (Alemanha) e Paris (França).

No total serão disponibilizados mais 350 mil lugares por ano, o que significa um aumento de 22% do transporte de passageiros na região autónoma.

No verão, a Ryanair vai efetuar 21 ligações semanais com Lisboa e Porto (120 mil lugares) e no inverno 12 (41 mil lugares).

A nível das rotas internacionais, a companhia irlandesa estipulou um total de 21 frequências semanais no verão (120 mil lugares) e 18 no inverno (66 mil lugares).

“A Madeira virou uma página importante no capítulo das acessibilidades”, disse o secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, que acompanhou a visita à base da Ryanair, realçando que a entrada da companhia irlandesa de baixo custo motivou uma “reorganização” no mercado e a descida dos preços das viagens.

O governante sublinhou, por outro lado, que a região pode agora utilizar a rede de contatos da companhia para promover o destino e chegar a novos públicos.

A visita à base da Ryanair contou também com a presença do diretor executivo da ANA-Aeroportos de Portugal, Thierry Ligonnière, e do presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, parceiros no projeto.

“O resultado é que há mais concorrência na Madeira, há melhores preços, há mais oportunidades para os madeirenses viajarem para vários destinos”, disse Thierry Ligonnière, sublinhando que se trata de uma “mudança histórica” para a região autónoma.

O presidente do Turismo de Portugal também salientou a importância da diversificação de mercados, realçando que a instituição apoia atualmente cerca de 80% das rotas internacionais para a região, o que permite encarar o futuro “com muito otimismo”.

“No verão, vamos retomar, em todos os aeroportos nacionais, níveis muito próximos do que tivemos em 2019, que foi o melhor ano de sempre”, disse Luís Araújo.

“Estamos no bom caminho”, reforçou ainda.

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