Roteiro turístico vai promover fortalezas de Almeida, Elvas, Marvão e Valença

Da Redação com Lusa

Os municípios de Almeida, Elvas, Marvão e Valença vão apresentar, na quarta-feira, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), a Rota das Fortalezas Abaluartadas da Raia para promover e valorizar o patrimônio militar.

“O que os quatro municípios pretendem é promover e valorizar o patrimônio militar dos séculos XVII-XVIII sustentado nestes sistemas defensivos de fronteira como são a Praça Forte de Almeida, as fortalezas de Marvão e Valença e a cidade quartel de Elvas, que já detém o selo da UNESCO”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Valença, José Manuel Carpinteira.

O autarca socialista da segunda cidade do distrito de Viana do Castelo, explicou que a apresentação oficial do roteiro turístico das Fortalezas Abaluartadas da Raia na BTL “está associada a uma candidatura a Patrimônio Material da Humanidade da UNESCO”, apresentada por Valença, Marvão e Almeida, em dezembro de 2022.

A fortaleza abaluartada de Elvas está classificada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, desde 2012.

José Manuel Carpinteira acrescentou que a rota das Fortalezas Abaluartadas da Raia, que tem o apoio do Turismo de Portugal, vai ser apresentada oficialmente na quarta-feira, no ‘stand’ de Almeida – Ciudad Rodrigo, na BTL às 16:00.

O roteiro “tem como principal objetivo criar um produto de turismo cultural de âmbito nacional, associado a uma candidatura de Património da Humanidade que está a decorrer em paralelo, criando-se uma rota com selo de Património Mundial da UNESCO”.

Elvas

A Rota das Fortalezas Abaluartadas da Raia terá mais quatro momentos de apresentação pública nos respectivos territórios, nomeadamente, a 15 de abril em Valença, a 22 de abril em Marvão, a 29 de abril em Elvas, e a 6 de maio em Almeida.

José Manuel Carpinteira adiantou que, após uma tentativa sem sucesso, em 2019, os municípios de Valença, Almeida, Marvão e Valença apresentaram, em dezembro de 2022, à Comissão Nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês), o ‘dossier’ para obterem o selo de Património da Humanidade.

“Já há resposta da Comissão Nacional da UNESCO. O acolhimento foi positivo, embora ainda haja algumas coisas a alterar. Sobretudo por entenderam que entregamos um documento bastante extenso e que tem de ser reduzido”.

Segundo o autarca de Valença, a Comissão Nacional da UNESCO “reconhece o potencial e o grande interesse da candidatura, nomeadamente na valorização do território transfronteiriço”.

Aquela comissão, que após analisar a candidatura a remeterá para a UNESCO, considera que esta “tem evidentes vantagens para a salvaguarda e valorização de todo o patrimônio que lhe está associado”.

“Solicitam uns pequenos ajustes, para facilitar a análise de candidatura”, referiu José Manuel Carpinteira, acrescentando que o aperfeiçoamento do documento deverá estará concluído “dentro um a dois meses”.

A raia luso-espanhola é a faixa da fronteira mais antiga e estável do mundo, com cerca de 1.319 quilômetros, e uma das mais fortificadas da Europa, com particularidades históricas e culturais únicas. O sistema de defesa criado durante a guerra que opôs Portugal a Espanha (1640-1668) integra cerca de uma centena de fortificações do lado português.

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