“Aqui estou para tentar colaborar com a comunidade, trabalhar pela comunidade como sempre o fiz ao fim de 44 anos que tenho de serviço ao Estado português” diz Rogerio Vieira ao lado de dirigentes do Centro Cultural Português de Santos.
Por Odair Sene
O Escritório Consular de Santos está sob novo comando. Recentemente, foi transferido de Curitiba um antigo vice-cônsul de Santos, Rogerio Vieira, que volta à cidade do litoral paulista para “continuação do trabalho” e já esteve em encontro com a comunidade local no Centro Cultural Português de Santos.
Rogério Vieira falou ao jornal Mundo Lusíada, o qual “habitualmente leio, tanto na internet como recebia em Curitiba”, declarou.
“Eu estive por 13 anos em Santos, após isso houve uma reestruturação, fui para Curitiba, tive lá durante 10 anos e meio, e agora com a nova remodelação que fizeram aos Consulados, portanto Curitiba, Porto Alegre, Belém do Pará, Fortaleza, os vice-consulados foram ocupados por novos funcionários que vieram”, diz ele detalhando que os contratos são de geralmente três anos renováveis, sendo que Vieira estava há 10 anos no Paraná.
“A altura era ótima para ponderar o regresso a Santos, e assim foi. É um ciclo que se iniciou há 23 anos, não terminou, gosto de Santos, gosto da comunidade, do Escritório Consular atualmente, de maneira que aqui estou para tentar colaborar com a comunidade, trabalhar pela comunidade como sempre o fiz ao fim de 44 anos que tenho de serviço ao Estado português”.
No próximo ano, Rogério Vieira poderia se aposentar caso queira, ao completar 45 anos de serviço. “Não há data estipulada derivada do fator idade, ainda tenho idade para trabalhar apesar de ter anos de serviço, de maneira que podem contar comigo”.
Rogerio Vieira lembrou que o Escritório Consular está ligado ao cônsul-geral em São Paulo. “Reportamos-nos a São Paulo, o que acho muito bem, temos um Escritório Consular ligado a São Paulo”.
O vice-cônsul também comentou sobre a visita do deputado Paulo Porto, que esteve recentemente Santos, e diversas associações portuguesas em São Paulo e no Rio de Janeiro, numa visita de trabalho (veja matéria na página 02). “Nos serviços, o melhor que ele esteja, há sempre o que melhorar alguma coisa” disse mas rechaçou críticas de falta de funcionário em Santos, por exemplo.
“Continuamos a seguir as agendas de São Paulo, continuamos a seguir exatamente o que se fazia, poderá haver uma pequena alteração ou outra”, referiu reforçando que as demandas de atendimento online são decisões do Consulado Geral de Portugal em São Paulo. “Há princípio não me parece que há dificuldade alguma, pode haver uma ou outra, vamos tentando sanar na medida do atendimento, tentando polir pedra de um lado e outro, mas não vejo alguma dificuldade”, diz ele que chegou ao posto há cerca de 10 dias.
“Nós estamos prontos a servir a comunidade, o que quiserem reivindicar podem me fazer chegar que eu canalizo para o Sr. Cônsul geral, ao Sr. Cônsul-geral Adjunto, para darmos continuidade ao trabalho sendo realizado até agora” declarou.
A sua esposa, Maria dos Anjos Mendonça Oliveira, que também é funcionária consular, foi novamente transferida juntamente com o marido. “Como vivemos em Santos, tudo nos dava possibilidade de continuarmos em Santos, então propusemos e foi aceito. Temos que agradecer a generosidade e aceitação da parte”, da pasta.
Ao finalizar a entrevista, Rogerio Vieira comentou que sempre foi bem recebido na comunidade luso-santista. “Não só pelas lideranças, bem como pela comunidade, tenho um grande carinho pela comunidade, quando esse Consulado terminou em Santos já há 10 anos, e passou a honorário, tudo era diferente, e tudo melhorou a partir dessa altura porque passou a ser tudo online para Portugal, passou a ter mais funcionários, e tudo isso modifica o atendimento, coisas que as pessoas não estão dentro do assunto”.
