Rock In Rio fica em Lisboa, mas Espanha pode ser o seu próximo destino

Ígor Lopes | De Lisboa para Mundo Lusíada 

O empresário Roberto Medina anunciou, neste domingo, em conferência de imprensa na Cidade do Rock, que Lisboa vai receber, em 2008, a terceira edição do Rock In Rio.

Uma das novidades foi também o anúncio de que em dois anos, para além de Lisboa, o evento vai ter lugar, em simultâneo, noutra cidade ainda não revelada.

Entretanto, sabe-se que o local misterioso será numa cidade que tenha uma representação do banco privado português Millenium bcp, um dos maiores patrocinadores do festival em Lisboa. Sendo assim, e tendo em conta a representatividade dessa instituição, os países candidatos são: Polónia, Grécia, Turquia, França, Luxemburgo, Moçambique, EUA e Canadá.

“Essa transmissão simultânea é pioneira a nível mundial. Queremos que os artistas conversem uns com os outros através de telões”, confessa Roberto Medina.

Nessa segunda cidade a estrutura da Cidade do Rock seria menor e teria apenas um dia de concerto, diferente da organização como é conhecida em Portugal. Rock In Rio quer conquistar Espanha A capital espanhola pode ser sede, já no próximo ano, do Rock In Rio. Alguns empresários espanhóis estiveram hoje com Roberto Medina para tratar dos últimos detalhes.

“Estamos em negociações aprofundadas com a Espanha. È natural que o nosso próximo passo fosse a Espanha, já que tem um mercado muito alegre e com vocação turística compatível com o que pensamos para o Rock In Rio”, argumentou.

Afastado do Rio de Janeiro desde 2001, o maior festival de música parece não ter data para regressar às suas raízes. Segundo Roberto Medina a dificuldade de levar o festival para o Brasil novamente passa pela questão económica e não por falta de vontade. “Para regressarmos ao Rio, temos que contar com o apoio de uma empresa que esteja passando por um momento muito especial e que nos possa apoiar.

No Brasil, a estrutura do festival torna-se mais cara do que aqui, mesmo o custo com as bandas é maior. (…) O meu sonho é poder realizar este festival em todos os Países do mundo”, finaliza. Festival com números positivos “Este ano, os números do Rock In Rio superaram as nossas expectativas. No primeiro dia de festival, vivi o dia mais emocionante da minha vida. O clima era de total harmonia, o que faz deste evento o quarto maior do mundo. A qualidade foi a maior das nossas preocupações.

Dificilmente um País viveria a harmonia e a alegria que vivemos aqui durante o Rock In Rio”, afirma o empresário. Roberto Medina lembrou ainda que o Rock In Rio não é um festival dedicado à música somente, mas valoriza também a alegria e a festa em torno dos seus visitantes.

“Devemos saber que o Rock In Rio divulga a marca da cidade que o acolhe. Neste caso, divulgámos, uma vez mais, a marca de Portugal para o mundo”, comentou. Para o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues, o balanço do festival foi satisfatório para a cidade. “O projecto do Rock In Rio vai ao encontro do projecto que temos para Lisboa, sem falar no apelo social e ambiental que o evento revelou ter”, sublinha o autarca.

A conferência de imprensa contou ainda com a participação de Paulo Teixeira Pinto, presidente do Conselho de Administração do Millennium bcp, João Mendes Dias, diretor de Marketing da Vodafone e Francisco Penim, director de Programação da SIC. 

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