Da Redação
Um estudo nacional do Grupo MARSH & MCLENNAN COMPANIES revela que Riscos Econômicos e Sociais são os que mais preocupam as empresas portuguesas
No seguimento da apresentação, em Davos, do Global Risks Report 2015, o Grupo Marsh & McLennan Companies (MMC), realizou o Estudo “Raio-X aos Riscos 2015 – A Visão das Empresas Portuguesas” com o objetivo de identificar os riscos que as empresas portuguesas consideram mais relevantes em Portugal e no Mundo.
O estudo contou com a participação de mais de 200 empresas, pertencentes a 17 setores de atividade, e foram analisados riscos por cinco categorias (econômicos, ambientais, geopolíticos, sociais e tecnológicos). Permite também avaliar a importância que as empresas portuguesas dão à gestão e à mitigação dos riscos.
O Estudo nacional realizado pelo Grupo MMC, revela que o “desemprego” é apontado por 40% das empresas portuguesas, como o principal risco que o mundo enfrenta, seguido da “crise financeira” com 38%.
As “alterações climáticas” e os “ataques terroristas em grande escala” ocupam o terceiro lugar com 31% e a “instabilidade social”, o quarto lugar com 30%. Outros riscos igualmente relevantes que preocupam as empresas portuguesas são a “crise Zona Euro”, a “disparidade de rendimentos” e os “ataques cibernéticos”, com 27% dos inquiridos a apontá-los como relevantes.
Os riscos econômicos e sociais predominam no TOP 5 dos riscos que o mundo enfrenta, segundo a perspectiva das empresas portuguesas.
No que diz respeito aos riscos que as empresas esperam enfrentar em 2015, surge em primeiro lugar a “crise financeira, crises fiscais e de liquidez” (54%). Com apenas menos 1% surge o risco associado à “instabilidade política e social”. A “recessão” e a “concorrência” ocupam o terceiro e quarto lugares, com 35% e 30%, respectivamente.
A última posição do TOP 5 apresenta um empate de 22% entre dois riscos: a “retenção de talentos” e os “ataques cibernéticos”.
Mais uma vez é dado mais destaque aos riscos econômicos e sociais.
O Global Risks Report 2015 também divulga que o principal risco que as empresas portuguesas irão enfrentar durante este ano são as crises de liquidez, o que demonstra uma sintonia entre os dois Estudos efetuados: o global e o português.
Segundo Diogo Alarcão, Chairman do Grupo MMC em Portugal, “em todos os setores da sociedade, encontram-se decisores que enfrentam demasiadas incertezas resultantes de um mundo em rápida mutação e altamente interligado. Sistemas de comunicação cada vez mais rápidos, trocas comerciais, relações de investimento, uma maior mobilidade física e um melhor acesso à informação são fatores que contribuem para unir países, economias e negócios de uma forma mais sólida. O reverso da medalha é que, os riscos associados também aumentam.”
As Empresas e a Gestão de Riscos
Em Portugal, a gestão de riscos é uma preocupação à qual as empresas dedicam algum do seu tempo. 41% das empresas inquiridas respondeu que a importância que dá à gestão de riscos é elevada. 39% refere que a sua preocupação é suficiente e 18% afirma dar pouca atenção. Apenas 2% declarou não apresentar nenhuma preocupação relativa a esse tema.
Pedro Castro, Diretor Geral da Marsh Portugal afirma que “o mundo está exposto a um elevado número de riscos e, para enfrentá-los com sucesso, é fundamental as Organizações terem uma efetiva e eficiente gestão de riscos”. Pedro Castro acrescenta ainda que, “a inovação é essencial à prosperidade global, mas também cria novos riscos. Devemos antecipar as questões que surgem das tecnologias emergentes e desenvolver soluções para prevenir desastres evitáveis.”
Este ano, o Global Risks Report 2015 também divulga uma análise sobre os riscos globais por região. No caso da Europa os riscos são: desemprego ou subemprego estrutural, migração involuntária em larga escala e instabilidade social profunda.