Remessas de 200 milhões de migrantes melhoram vida de 800 milhões de familiares

Da Redação

Mais de 200 milhões de migrantes enviam remessas para os seus países de origem ajudando a melhorar a vida de 800 milhões de familiares e a criar um futuro de esperança para seus filhos.

As Nações Unidas lembrou estes números em 16 de junho, para marcar o Dia Internacional das Remessas de Família.

Em nota, a organização diz que metade dos fluxos financeiros vai para áreas rurais, onde a pobreza e a fome estão concentradas e as remessas mais contam.

O presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, Fida, disse que “não se trata de o dinheiro ser enviado para casa, é sobre o impacto na vida das pessoas.”

Gilbert Houngbo afirmou que “as pequenas quantias de US$ 200 ou US$ 300 que cada migrante envia para casa compõem cerca de 60% da renda da família, e isso faz uma enorme diferença nas suas vidas e nas comunidades onde vivem.”

A data é marcada em 2019 pela segunda vez. As Nações Unidas pretendem chamar a atenção para o impacto que estas contribuições têm em milhões de lares, mas também em comunidades, países e regiões inteiras.

A ONU pede que governos, setor privado e sociedade civil encontrem formas de aumentar o impacto das remessas através de ações individuais ou coletivas. A organização propõe a redução dos custos de transferência e maior inclusão financeira.

O dia também serve para implementar o Pacto Global para Migração Segura, Ordenada e Regular, que foi adotado no final de 2018.

Ações
Para marcar a data, o Fida faz uma série de recomendações para ajudar nesta área.

Aos governos, sugere uma reunião com várias partes interessadas, promoção da educação financeira e criação de prêmios para as maiores inovações trazidas ou financiadas por migrantes.

A proposta para o setor privado, é que possa promover um dia ou semana sem taxas para estas remessas e realizar campanhas educacionais sobre métodos de transferência.

Os migrantes devem preparar-se antes de migrar, obter educação financeira e garantir que os familiares aprendem a economizar e usam o dinheiro com sabedoria.

Por fim, as organizações da diáspora podem apoiar os migrantes informando sobre o mecanismo mais barato e seguro de transferência, oferecendo educação financeira e organizando um dia de sensibilização, envolvendo os migrantes retornados.

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