Região hidrográfica do Tejo Oeste tem cinco novos vigilantes da natureza

Da Redação
Com Lusa

A região hidrográfica do Tejo Oeste vai contar a partir de quarta-feira com cinco novos vigilantes da natureza, que vão fiscalizar e monitorizar os recursos naturais, anunciou a Associação Portuguesa do Ambiente (APA).

Em comunicado, a APA sublinha que a “contratação destes profissionais constitui mais um passo importante na implementação do Plano de Ação Tejo Limpo, que tem como principal objetivo restabelecer a qualidade de água no Tejo”.

Os profissionais vão desempenhar funções de vigilância, fiscalização e monitorização relativas ao ambiente e aos recursos naturais, em especial no domínio hídrico, desenvolvendo ações de formação e de sensibilização dos utilizadores do rio Tejo.

De acordo com a APA, os cinco vigilantes vão contar com novos equipamentos de monitorização e análise, uns instalados no meio hídrico e outros portáteis, que, juntamente com os já existentes, vão permitir abranger territorialmente o curso principal do rio Tejo, bem como os seus afluentes.

“Serão equipados com fardamento completo e adequado ao terreno, condições aquáticas e […] às condições de temperatura, de inverno e verão”, refere a APA, acrescentando que os vigilantes vão possuir meios tecnológicos modernos, para registo de ocorrências, comunicação e reporte (tablets, smartphones e hotspots), estando o seu trabalho diário ligado, em tempo real, à Plataforma Eletrónica Única de gestão do rio Tejo.

A equipa vai ser apresentada na quarta-feira em Abrantes numa cerimônia que conta com a presença do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes.

A poluição do Tejo tem sido este ano alvo de várias denúncias por parte de associações ambientalistas, que criticam as descargas de diferentes unidades industriais.

O Governo aprovou em julho de 2018, em Conselho de Ministros, o Plano de Ação Tejo Limpo, para aprofundar o conhecimento da situação real da bacia hidrográfica do rio de forma a evitar episódios de poluição no futuro.

O ministro do Ambiente explicou na altura que o plano, que representa um investimento de 2,5 milhões de euros, era a terceira fase de um programa desenvolvido desde o início do ano, depois do “fenômeno agudo de poluição” registado em 24 de janeiro no rio Tejo e de “muitos outros que o antecederam”.

De acordo com o ministro, a primeira fase foi a de “estancar e resolver os problemas de poluição e passar novas licenças às entidades potencialmente poluentes para garantir uma maior qualidade no tratamento dos efluentes”.

A segunda fase, indicou, é aquela que “ainda está em curso, com a remoção das lamas no Tejo em frente a Vila Velha de Ródão”.

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