Da Redação
Com Lusa
O governador do Estado brasileiro de São Paulo, João Doria, disse que a obra de reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, destruído por um incêndio em 2015, está em dia e que o local deverá reabrir no primeiro semestre de 2020.
“O cronograma das obras do Museu da Língua Portuguesa está em dia e [as obras] seguem o projeto anunciado. As obras serão entregues no primeiro semestre de 2020. A última informação que recebi do secretário [da Cultura Sérgio] Sá Leitão é de que as obras seguem o curso determinado”, disse à Lusa, após uma reunião com correspondentes internacionais no Brasil.
Questionado sobre uma redução das verbas aplicadas na área da Cultura, que segundo a imprensa local poderia ter impacto no funcionamento de diversos museus do Estado, Doria afirmou que não houve cortes e que o Museu da Língua Portuguesa não poderia ser afetado, porque seu projeto de reconstrução utiliza recursos obtidos em parcerias firmadas com empresas privadas.
“Não houve corte [de dinheiro] no setor de Cultura e nenhum projeto será paralisado. Os recursos usados nas obras de reconstrução do museu [da Língua Portuguesa] foram obtidos em parcerias com empresas privadas, o que eu acho muito correto”, afirmou.
A assessoria de comunicação do Estado de São Paulo pormenorizou à Lusa, numa resposta por escrito, que já está em curso a última etapa da obra civil – a adaptação dos ambientes internos -, para a posterior instalação dos equipamentos do museu.
“Já foram cumpridas duas etapas: restauro das fachadas e esquadrias [janelas, portas, aberturas, etc.] e reconstrução da cobertura, destruída no incêndio. A obra respeita os trâmites necessários para intervenção num bem histórico, a Estação da Luz, tombado nas três instâncias (municipal, estadual e federal)”, informou.
O museu foi instalado no edifício da Estação da Luz, no Bairro da Luz, em São Paulo, e chegou a ser popularmente conhecido como “Estação Luz da Nossa Língua”. Foi concebido como um museu interativo sobre a língua portuguesa.
O Museu da Língua Portuguesa foi destruído em dezembro de 2015 por um incêndio de grandes proporções, mas permaneceu ativo com algumas exposições itinerantes porque o seu acervo é majoritariamente constituído de conteúdo audiovisual.
Após o incêndio, o Governo do Estado de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho, responsável pela concepção original do museu, deram início a uma articulação com a iniciativa privada, para apoiar a reconstrução, firmando patrocínios com a EDP Brasil, Grupo Globo e o Grupo Itaú.