Por Renata Goulart
Se você acha pudim de pão uma sobremesa assim meio sem graça (ok, eu também achava), dê uma chance a essa receita. Ela pode te surpreender!
Gostei muito dessa receita por alguns motivos:
1) O potente vinho do Porto casa muito bem com esse pudim de sabor neutro.
2) Às passas, hidratadas no próprio vinho do Porto, deram uma textura bastante agradável.
3) Não leva muito açúcar e, portanto, não é tão doce quanto outros pudins de pão que eu já experimentei.
Apesar de não ter origem portuguesa, o pudim de pão é bastante apreciado em Portugal. Na verdade, sua origem é incerta, mas alguns a atribuem aos britânicos. Inclusive, dizem que era a sobremesa favorita da Lady Diana, a Princesa de Gales.
Vamos a receita. Usei uma forma de pudim com 24cm de diâmetro.
PARA A CALDA
Ingredientes:
- 2 xícaras de açúcar
- 1/2 xícara de água
Modo de Preparo:
Numa tigela, dissolva o açúcar na água e transfira para uma forma de pudim
Leve a forma ao fogo baixo, sem mexer, até formar uma calda de caramelo.
Espalhe o caramelo por toda a forma.
Reserve.
PARA O PUDIM:
Ingredientes:
- 5 pães franceses dormidos
- 2 e 1/2 de xícaras de leite
- 1/2 xícara de vinho do Porto tinto
- 1 colher (de sopa) de manteiga
- 4 colheres (de sopa) de açúcar
- 4 ovos
- 1/2 xícara de uvas passas pretas hidratadas no vinho do Porto
Modo de Preparo:
Coloque as uvas-passas para hidratar no vinho do Porto (use vinho o suficiente para cobrí-las) e corte o pão em fatias finas. Reserve.
Dissolva o açúcar no leite, junte a manteiga e leve ao fogo. Quando começar a ferver, desligue o fogo e junte a 1/2 xícara do vinho do Porto.
Coloque o pão fatiado numa tigela e regue com a mistura, ainda quente, de leite e vinho. Misture tudo e deixe repousar por 15 minutos. Durante esse tempo, vá “desmanchando” o pão com a ajuda de um garfo.
Bata os ovos ligeiramente e junte-os a massa formada com o pão. Misture bem.
Coloque metade da massa na forma caramelada, acrescente as uvas-passas e cubra com o restante da massa.
Leve ao forno pré-aquecido, de 180 a 200º, em banho-maria, por cerca de 40 minutos ou até que o pudim esteja cozido por dentro e dourado por fora.
Quando estiver pronto, espere amornar para desenformar. Se a calda de açúcar já estiver “dura” e não sair junto com o pudim, basta aquecê-la no fogo baixo até que fique com uma textura mais líquida novamente e aí é só derramar por cima do pudim.
Por Renata Goulart de Carvalho Costa
Autora do blog dedicado à gastronomia portuguesa Delícias no Tacho – www.deliciasnotacho.com.br. Apaixonada pela culinária e cultura lusa. Escreve semanalmente para o Mundo Lusíada Online.