Rancho PHM promove grande show nos 23 anos de fundação

Justiniano e Fátima Macedo prestam homenagens a amigos de Protugal, Alberto Rego e José Anibal. Foto: Everton Campos/Mundo Lusíada

Por Vanessa Sene
Mundo Lusíada

Foi na tarde de 04 de dezembro que o Rancho Folclórico Pedro Homem de Mello promoveu a comemoração do seu 23º aniversário de fundação. Este ano foi especial, já que os diretores do grupo Justiniano e Fátima Macedo trouxeram, pela primeira vez no Brasil, o cantor popular Augusto Canário, direto de Portugal.
A emoção esteve presente nesta tarde, quando Justiniano agradeceu a vinda dos convidados que lotaram o Espaço Armazém, na Vila Leopoldina, para o terceiro e último show do músico português que recebeu muitos elogios por onde passou. Após o almoço, Justiniano prestou homenagens a dois portugueses que vieram na mesma comitiva de Canário, Alberto Rego e José Aníbal, responsáveis pela recepção e estadia do Rancho PHM em terras lusas na sua digressão por Portugal em 2008. Canário entrou no palco e animou mais uma vez o público luso-brasileiro.
“Estou admiradíssimo pela qualidade que tem sido a prestação para conosco, eu não esperava tanto. Eles são de uma gentileza extraordinária. Parabéns ao Brasil, parabéns ao Rancho Pedro Homem de Mello e todos que contribuíram para que isso aconteça” disse Alberto Rego, presidente do Grupo Etnográfico de Areosa e da Associação dos Grupos Folclóricos do Alto Minho, elogiando a preparação do evento e a receptividade do PHM.
Ao Mundo Lusíada, o presidente Justiniano também não escondia a emoção de conseguir realizar este sonho. “Havia uma dúvida muito grande porque é a primeira vez que Canário vem ao Brasil, e nós entendemos porque nem todas as pessoas já o assistiram. Mas as pessoas que assistiam acreditavam, eu acreditava. E agradeço essa oportunidade de ter sido o primeiro a trazê-lo. Primeiro porque ele é muito bom e segundo porque é meu amigo” disse.
O sucesso já está sendo medido pelos pedidos de retorno ao Brasil, sempre pela mão do Justiniano. “Existe uma confiança muito grande, além da amizade” relata. “As pessoas estão pedindo para ele voltar, inclusive presidentes de onde foram feitos as apresentações”.
O primeiro deles reuniu cerca de mil pessoas na Ilha Porchat em Santos, litoral paulista, com plateia incluindo autoridades e grandes empresários. Em seguida na Portuguesa de Desportos onde lotou a casa. “Eu agradeço a comunidade pela acolhida que deram ao Canário. Muitas pessoas o receberam no aeroporto, outras acompanharam a semana dele por aqui. Eles estão encantados com tudo” diz Justiniano que foi o empresário da banda no Brasil, e teve o cuidado de deixa-lo desfrutar um pouquinho da cidade, com visitas culturais e gastronômicas na casa de amigos.
Para o próximo ano, acredita Justiniano, será mais fácil o seu retorno já que muitos luso-brasileiros não conheciam o trabalho do Canário. “Não podemos fazer comparações com outros artistas. Cada um tem o seu estilo, todos são bons, e tem seu público. É bom que entendam que há público para todos”.

Santuário
Sobre a atual sede do Rancho Pedro Homem de Mello, Justiniano garante que permanece no Santuário Nossa Senhora de Fátima. Eles apenas tiveram um espaço reduzido mas permanecem no mesmo local para ensaios e para seus almoços mensais. Inclusive eles já se integraram nas datas festivas com o Arouca São Paulo Clube para não haver duplicação de datas no calendário da comunidade.
Justiniano ainda comentou sobre os portugueses homenageados nesta tarde que acolheu o PHM em Portugal. “Como diz o Canário: eu nunca mordo a mão de quem me dá o pão. Eu tenho que ser grato a uma pessoa dessas a minha vida inteira” mencionou citando os amigos José Anibal e Alberto Rego, além de Flavio Cruz do GEA, que ofereceram uma estrutura completa ao rancho luso-brasileiro.
Agradecido pelo projeto realizado, Justiniano ainda citou o Banco Banif, Padaria Charminho e Numatur Turismo como os apoiadores. “Sr. Freitas foi uma pessoa que me acolheu. Eu só posso ser grato a família Freitas e a Numatur, foram grandes parceiros” elogiou. E agradeceu ao Mundo Lusíada pelo apoio desde o início. “Estou muito feliz, estou com um sonho, que vivi por 12 meses, e uma realidade que é hoje. Mas valeu a pena. Essa arte que hoje fazemos e idealizamos, uns chamam de folclore, outros chama de arte popular. Definitivamente é uma arte”.

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