Da Redação
Com Lusa
O presidente da Câmara Municipal de Fafe disse que o concelho viu reconhecida a sua importância na história do Rali de Portugal ao acolher todas as classificativas do último dia. Para Raul Cunha, a inclusão das quatro especiais no concelho minhoto atesta o apreço que o Automóvel Clube de Portugal (ACP) e a Federação Internacional do Automóvel (FIA) dedicam a Fafe.
“Creio que é uma homenagem mais do que merecida”, afirmou o autarca, acompanhado do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e do presidente do ACP, Carlos Barbosa, minutos antes da ‘power stage’, que encerrou a sexta prova do Mundial.
Os três visitaram o famoso salto da pedra sentada, no troço da Lameirinha, situado a poucas dezenas de metros do fim da especial, onde se encontravam dezenas de milhares de adeptos.
O último dia do Rali de Portugal foi disputado dia 21 de maio nas estradas de montanha do concelho, o que foi uma novidade, integrando os troços de Luílhas, Montim e de Fafe, este último com duas passagens, a última das quais como ‘power stage’, num total de 43 quilômetros de provas cronometradas.
Na cidade, foi também colocada uma zona de reabastecimento que permitiu aos habitantes o contato de perto com as equipes de assistência, carros e pilotos.
Raul Cunha recordou o papel que Fafe desempenhou, durante alguns anos, ao organizar o ‘WRC Fafe Rally Sprint’, uma prova de demonstração que se realizou no troço mais emblemático do concelho durante três anos, quando o Rali de Portugal se disputava no sul do país.
Segundo o autarca, foi sobretudo graças ao sucesso daquele evento, que atraía dezenas de milhares de aficionados, que foi possível fazer regressar o Rali de Portugal ao norte do país, “onde ele é mais espetacular, tem mais adeptos e é mais acarinhado”.
Antes, o ministro Tiago Brandão Rodrigues tinha recordado antes, em declarações aos jornalistas, a importância da prova para a promoção do país e para a dinamização da economia.
Segundo o governante, as economias locais por onde passa o rali, como o exemplo de Fafe, “veem-se assim privilegiadas por toda a publicidade positiva” proporcionada pela prova. O rali é também “importante para a credibilidade da organização ladeada por tanto trabalho feito pelas autarquias”, acrescentou.
Neste ano, Sebastien Ogier venceu o Rali de Portugal. O francês igualou assim o record de cinco triunfos de Marku Allen, segundo divulgou a RTP. Ogier reforçou a liderança do mundial de pilotos.
Miguel Campos foi o melhor português na edição 51 do Rali de Portugal, concluindo a prova no 16º lugar, no ano em que o ex-campeão nacional comemora 25 anos de carreira. Tal como em 2016, o piloto de Famalicão voltou a ser o mais rápido entre os pilotos nacionais, ao volante de um Skoda Fabia R5, este ano em dupla com António Costa.
“Estou muito satisfeito por voltarmos a ser o melhor português no rali, que era o nosso objetivo assumido desde o início”, disse o piloto no final, que manifestou ainda uma satisfação acrescida por ter terminado no quarto lugar entre os carros da classe WRC2, melhorando uma posição em comparação com 2016.