Quim Barreiros traz irreverência e sucessos ao Rio de Janeiro

Quim Barreiros no Rio de Janeiro. Foto: Ígor Lopes/Mundo Lusíada

Por Igor Lopes

O cantor popular mais conhecido em Portugal, Quim Barreiros, esteve no Brasil para uma turnê de cerca de 14 shows. Passou por quatro localidades e reuniu um número imenso de público nas suas atuações. O Mundo Lusíada acompanhou alguns shows do cantor em São Paulo e no Rio. Na cidade carioca, tivemos a oportunidade de conversar com esse artista. O salão da casa de Vila Feira e Terras de Santa Maria, na Tijuca, Zona Norte do Rio, não chegou a ficar lotado. Mas garantidamente não faltou motivação aos espectadores.
Popular, carismático e alegre. Esses são os principais adjetivos do cantor português que encantou o público, que aguardou anos para recebê-lo no Brasil novamente. Quim Barreiros chegou atrasado à casa portuguesa. Hospedado em Copacabana, o cantor ia atuar às 21h, mas o público só o conseguiria ver uma hora e meia mais tarde. E ninguém arredou o pé.
Faltavam pouco mais de 20 minutos para do início do show, quando o Mundo Lusíada conseguiu conversar com Quim Barreiros. Um homem alegre e, surpreendentemente, de poucas palavras. Até fazermos uma pergunta, o cantor recebeu amigos no camarim e quis saber a que horas a sua apresentação começaria. Foi informado que o espetáculo teria lugar às 22:30h. A longa conversa com César Soares, presidente da Delegação da Federação do Folclore Português no Brasil, continuou.
Depois de uma fotografia para o nosso jornal, Quim nos recebeu e, de cara, mostrou disposição e ansiedade para encontrar o público que o aguardava no salão da casa de Vila da Feira. Quim não escondia a expectativa de atuar. “As expectativas são sempre as mesmas. Eu vou para dentro do campo como vai o Vasco da Gama, para ganhar. Faço sempre o meu melhor. As expectativas são sempre muito alegres, com muitas saudades”, conta o artista.
Quim Barreiros tem 40 anos de carreira no currículo. Não vem ao Rio de Janeiro, profissionalmente, há 13 anos. Desta vez, passou por São Paulo, Santos, Rio e Recife. Para ele, o público continua o mesmo. “Não vejo diferença no público de hoje em relação ao que encontrei aqui há alguns anos atrás. Encontro sempre pessoas que gostam do nosso trabalho. Vêm pessoas de longe para estarem comigo. Só notei diferença no público quando cá vim, pela primeira vez, há 30 anos. Não havia nada que nos aproximasse de Portugal”, revela Quim.
“Cruzar o oceano é complicado para as pessoas que organizam eventos com artistas portugueses. Aqui no Brasil existe uma orgânica, das próprias associações, que ao longo dos anos os mais velhos falecem ou se reformam. Essa malta que agora aparece já são filhos de portugueses, mas a chama continua acessa”, afirma Quim.
Quim Barreiros é conhecido pela irreverência das letras das músicas, que contagiam o público português. Conhecido como o “cantor popular mais famoso de Portugal”, Quim acredita que toda a vitalidade que exibe nos palcos, agora aos 64 anos, é fruto do seu “equilíbrio”.
A entrevista só terminou quando Quim Barreiros começou a desabotoar as calças, como que num ato de “desespero” para se apresentar. O momento estava chegando. Deixamos o camarim e, pouco depois, o público recebia Quim Barreiros com aplausos. O cantor subiu ao palco acompanhado de três músicos, e, como sempre, foi um show à parte. O figurino era uma calça, uma camisa e um chapéu, ambos pretos. A alegria estava no rosto de cada um que tirava fotografias, de quem estava sentado na mesa com a família, dos que acham graça nas rimas “castiças” e de quem se arriscaria a dançar mais tarde.
No Rio, a equipe de Quim Barreiros se apresentou na sede náutica do clube Vasco da Gama, no Arouca Barra Clube, no Clube Português de Niterói, na Casa de Viseu, na Casa Vila da Feira e na casa Aldeias de Portugal. O seu próximo e último destino foi Recife.

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